Continuo a fazer o caminho do deserto da Quaresma.
Sempre ao encontro de Cristo em mim, para que o Espírito Santo me vá mostrando caminho no amor do Pai.
Esta pedra do caminho, tem escrito, algo muito especial: Pai!
O “outro” segreda-me ao ouvido que eu sou muito bom pai, que não me preocupe.
Como sempre duvido dele.
Não duvido, nem um pouco, do meu amor de pai pelos meus filhos!
Mas isso não impede que me pergunte se sou um bom pai para os meus filhos.
Sou eu um pai presente, e este presente, tem pouco a ver com presença física?
Sou eu um pai que dá testemunho de coerência de fé, de honestidade, de entrega?
Quantas vezes não deixo eu que se coloquem trabalhos, (mesmo da Igreja), à frente dos meus filhos?
Percebo e vivo eu a certeza de que a primeira vocação que Deus me deu como família, é ser pai?
Ah, Senhor, obrigado por me teres feito sentar nesta pedra do “pai”, na qual preciso ficar sentado bastante tempo, antes de me levantar para prosseguir caminho.
Ajuda-me a perceber e a viver que o ser “pai” vem de Ti, e que só em Ti posso ser pai verdadeiramente, pois essa é a Tua vontade.
Monte Real, 20 de Março de 2017
Joaquim Mexia Alves
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