No tempo quaresmal a Igreja nos dirige dois importantes convites: ter uma consciência mais viva da obra redentora de Cristo; e viver com mais compromisso o próprio Batismo.
Viver profundamente o Batismo significa não nos acostumarmos às situações de degradação e de miséria que encontramos caminhando pelas ruas de nossas cidades e de nossos países.
Há o risco de aceitarmos passivamente certos comportamentos e de não nos surpreendermos diante das tristes realidades que nos circundam. Acostumamo-nos à violência, como se fosse uma notícia cotidiana normal; acostumamo-nos a irmãos e irmãs que dormem pelas ruas, que não têm um teto para se abrigar. Acostumamo-nos aos refugiados em busca de liberdade e dignidade, que não são acolhidos como deveriam ser. Acostumamo-nos a viver em uma sociedade que pretende deixar Deus de lado, na qual os pais não ensinam mais aos filhos a rezar nem a fazer o sinal da cruz. Este vício de comportamentos não cristãos e de comodidades nos anestesia o coração!
A Quaresma deve ser vivida como tempo de conversão, de renovação pessoal e comunitária através da aproximação a Deus e da adesão confiante ao Evangelho. Por isso a Quaresma é momento favorável para se converter ao amor ao próximo.
Papa Francisco na Audiência geral de 5 de março de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário