O Papa aprovou hoje a publicação do decreto que reconhece as ‘virtudes heroicas’ da irmã Teresa de Saldanha (1837-1916), que recebe assim o título de ‘venerável’.
Esta é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade, após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão.
A fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena criou ainda a Associação Protetora de Meninas Pobres (1859), hoje Associação Promotora da Criança, tendo-se destacado no panorama nacional como educadora, através de uma pedagogia personalista.
Proveniente de uma família nobre, envolveu-se na educação de crianças pobres e na alfabetização e promoção de raparigas operárias, através de aulas externas.
A primeira mulher a fundar uma congregação em Portugal, após a extinção das ordens religiosas no século XIX, ficou também conhecida como pintora e pelos seus escritos.
À data da sua morte tinha fundado 27 casas: 17 em Portugal; seis no Brasil; uma na Bélgica; duas nos EUA; e uma em Espanha.
O processo de canonização foi aberto em Portugal a 6 de novembro de 1999 e entregue em Roma a 14 de fevereiro de 2002.
A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
OC
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