Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Detalhes de afeto

Como tantos homens e mulheres cristãos, D. Álvaro foi aperfeiçoando, ao longo da sua existência, os detalhes de afeto a Nossa Senhora que aprendeu do nosso Padre: meter na carteira ou no bolso uma pagela da Virgem Maria, saudá-la ao entrar e sair do nosso quarto e ao passar por lugares onde descobrimos as suas imagens, rezar com pausa e atenção as 3 Avé-Marias antes do descanso da noite… Por ocasião das bodas de ouro da fundação do Opus Dei, declarou 1978 como ano mariano na Obra, tempo que depois se estendeu a 1979 e a 1980, como preparação e agradecimento pelos cinquenta anos do início do apostolado com as mulheres. «Não faremos nada estranho nem clamoroso, explicou então, vamos simplesmente, como bons filhos, meter mais a Virgem Mãe em tudo e para tudo» [9].

Durante aquele tempo mariano, em muitas visitas a imagens de Nossa Senhora, em Roma e fora de Roma, rezava o Terço pedindo à nossa Mãe pela Igreja e pelo Papa, pela Obra, por todas as almas. O recorrer contínuo a Nossa Senhora era uma lição de fé na intercessão de Maria. Posso confirmar, porque fui testemunha ocular, que a maneira de atuar deste servo bom e fiel, enamorado de Jesus Cristo e da Sua Mãe, ajudava a dirigir-nos a Maria com grande confiança.

O amor é criativo, procura formas de ter a pessoa amada presente. Assim fazia D. Álvaro na sua intimidade mariana, de acordo com tantas sugestões do Fundador do Opus Dei. À hora de trabalhar, ensinava S. Josemaria, empregai alguns recursos humanos, sinais que vos sirvam de despertadores da presença de Deus. Eu faço isso e resulta [10]. Aconselhava-nos a trazer no bolso um pequeno crucifixo para o beijar nalguns momentos do dia, a pôr sobre a mesa de trabalho uma imagem do Senhor ou da Virgem Maria. De vez em quando olho para ele, dizia, lembro-me do Senhor e ofereço-Lhe tudo. É como se tivesse um retrato do meu pai ou da minha mãe ao alcance dos olhos. Mais, muito mais: porque é meu Pai, meu Deus, meu Amigo e o Amor dos meus amores [11].

Até ao fim do seu caminhar terreno, D. Álvaro serviu-se desses recursos humanos: lembretes para progredir nas suas manifestações de amor à Virgem Maria. Por exemplo, nos anos marianos a que acabo de aludir, colocava cada dia uma pagela diferente da Mãe de Deus no escritório onde trabalhava, para a olhar com afeto e lhe dizer mais jaculatórias.

Naqueles anos marianos, muitos fiéis da Obra incorporaram nas suas vidas o que o nosso Padre sugeria, e que D. Álvaro vivia com sólida vida interior: senha e contra-senha mariana: umas breves palavras, em modo de oração, para manter a presença de Deus durante o dia, com o auxílio da Virgem Maria.

[9]. D. Álvaro, Carta, 9-I-1978, n. 20.
[10]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 30-III-1974.
[11]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 30-III-1974.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

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