Carta de 22/10/1552
Numerosos decretos proíbem a entrada na China. [...] Mas, para lá dos perigos de prisão e de maus tratos, existem outros muito maiores, que passam despercebidos aos habitantes desse país. [...] Em primeiro lugar, a perda da esperança e da confiança em Deus, quando é por Seu amor e ao Seu serviço que damos a conhecer a Sua Lei e Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Redentor e Senhor, como Ele bem sabe. Uma vez que foi pela Sua santa misericórdia que nos comunicou estes desejos, perder agora confiança na Sua misericórdia e no Seu poder perante os perigos que poderemos correr ao Seu serviço é um perigo incomparavelmente superior aos males que todos os inimigos de Deus nos podem causar. Se isso for importante para o Seu serviço, Deus proteger-nos-á de todos os perigos desta vida. [...] Por isso temos a segurança das palavras do Senhor: «Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo aborrece a sua vida conservá-la-á para a vida eterna» (Jo 12,25). E também destas, semelhantes às primeiras: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»
Quanto a nós, tendo em consideração estes perigos para a alma, que são muito superiores aos do corpo, pensamos que é mais seguro e evidente enfrentar os perigos corporais. [...] Seja de que maneira for, estamos determinados a ir à China.
Quanto a nós, tendo em consideração estes perigos para a alma, que são muito superiores aos do corpo, pensamos que é mais seguro e evidente enfrentar os perigos corporais. [...] Seja de que maneira for, estamos determinados a ir à China.
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