Impotente, salvo na oração, a minha proximidade com os reformados gregos e todos aqueles que estão a passar por enormes dificuldades é grande e sincera, mesmo para com aqueles que no seu desespero assumiram opções de voto com as quais estou em total desacordo.
Lamentavelmente vejo, leio e ouço hipocrisia de todos os lados, sobretudo ausência de valores éticos e morais de pessoas que escondendo-se debaixo do guarda-chuva “democracia” preconizam soluções profundamente violadoras da honestidade que deveria ser dado adquirido em qualquer cidadão. Quando criança frequentemente ouvi a minha Mãe dizer-me “quem não tem dinheiro não tem vícios”, realidade hoje tida como retrógrada pois vive-se sob o lema “ter sem olhar a como”.
Vejo ainda políticos desnorteados e sem qualquer capacidade de assumir posições por total falta de visão estratégica incapazes de assumirem um fio condutor sem se preocuparem com o politicamente correto, é o relativismo no seu expoente máximo.
A solidariedade propalada por comentadores e políticos para com o povo grego não passam de frases bonitos que lhes enchem o ego e nada resolvem. Já repararam que se esqueceu por completa uma enorme faixa de idosos com não têm cartão multibanco e ainda não se sabe quando poderão ter acesso às suas pensões, mas com estes sem poder reivindicativo ninguém verdadeiramente se preocupa e se calhar nem eles próprios são capazes de identificar os causadores da sua atual situação.
O povo grego tem sido usado por todos como fichas de um jogo muito semelhante ao “poker” e independentemente do resultado do referendo continuarão a sê-lo e que ninguém tenha ilusões o governo grego já delineou como jogar consoante os resultados, já da Europa só me permito prever que irá ceder, não por convicção, mas por cobardia.
Termino conforme comecei, resta-me a oração, sabendo que só o Senhor é verdadeiramente bom e justo.
JPR
1 comentário:
Concordo consigo.
A Europa está - e será ainda pior talvez mais breve que o que possamos imaginar - a caminhar para o fosso que tem vindo a cavar. Entre a utopia mais patética e o abandono da ética e do respeito tem vindo a resvalar progressivamente para o materialismo mais feroz e impiedoso.
Tem voltado as costas a Deus e desta forma ao seu semelhante.
São João Paulo II bem o viu e por isso clamou: Acorda velha Europa!
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