Embora tentemos sempre imitar nas nossas casas o ambiente da Sagrada Família, não devemos estranhar que por vezes não saibamos refletir a serenidade que sempre n'Ela reinou. Pensemos no que aconteceu a Maria e a José quando tiveram de fugir precipitadamente à perseguição de Herodes, sem esquecermos também que, na Igreja primitiva, juntamente com a harmonia que unia os primeiros cristãos, não faltam páginas em que se relata como por vezes a paz se perturbava por causa das perseguições, das incompreensões do ambiente, ou mesmo do mau comportamento de alguns. Todavia, com a ajuda do Espírito Santo, superaram esses obstáculos e foram fiéis a Jesus Cristo com uma serena lealdade.
No seio de uma família podem surgir diferenças esporádicas e quebrar-se, por momentos pelo menos, o ambiente afetivo tão próprio de uma vida de fé. Nestes casos, como sempre, recorre-se à oração, para ultrapassar até a mais pequena divergência entre os membros da família, e também para colaborar no bem da sociedade, pois existe um vínculo estreito entre a esperança de um povo e a harmonia entre as gerações [1]. E acrescentava o Papa noutra altura: o laço de fraternidade que se forma em família, entre os filhos, quando se verifica num clima de educação para a abertura ao próximo, é uma grande escola de liberdade e de paz (…). Talvez nem sempre sejamos conscientes disto, mas é precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo![2]
[1]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 11-II-2015.
[2]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 18-II-2015.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2015)
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