Como de costume, teve lugar esta manhã, às 12,00 horas de Roma, na Praça de S. Pedro, repleta de fiéis e peregrinos vindos de diversas partes da Itália e do mundo, a recitação da oração Mariana do Regina Coeli, presidida pelo Papa Francisco. «Nesta segunda-feira depois da Páscoa, disse o Papa dirigindo-se aos presentes, o Evangelho apresenta-nos a narração sobre as mulheres que foram visitar o sepulcro de Jesus e o encontraram vazio e um Anjo que lhes anuncia que Jesus ressuscitou. E enquanto elas corriam para dar a notícia aos discípulos, encontram o próprio Jesus que lhes disse: “Ide dizer aos Meus irmãos que partam para a Galileia, e lá Me verão”».
«Galileia, disse o Santo Padre, é a Periferia de onde Jesus tinha iniciado a sua pregação e de lá re-partirá o Evangelho da Ressurreição, para que seja anunciado à todos e cada um possa encontrar Jesus, o Ressuscitado, presente e operante na história. Este é portanto o anúncio que a Igreja repete desde o primeiro dia : Cristo ressuscitou! E, N’Ele através do Batismo, também nós ressuscitamos, passamos da morte para a vida, da escravatura do pecado para a liberdade do amor».
Por conseguinte, recorda o Papa Francisco, “esta é a boa notícia que todos nós somos chamados a levar e anunciar aos outros em todos os lugares e ambientes, animados sempre pelo Espírito Santo. A fé na Ressurreição de Jesus e a esperança que Ele nos trouxe é o dom mais bonito que o cristão pode e deve oferecer aos irmãos.
«Cristo ressuscitou! Repitamo-lo com palavras mas sobretudo com o testemunho da nossa vida. A boa notícia da Ressurreição deveria transparecer no rosto de cada um de nós, nos sentimentos e atitudes, na maneira como tratamos os outros».
De facto, sublinha ainda o Santo Padre, nós anunciamos a ressurreição de Cristo quando a sua luz ilumina os momentos mais obscuros da nossa existência e quando somos sobretudo capazes de partilhar essa luz com os outros; quando somos capazes de sorrir com quem sorri e chorar com quem chora; quando caminhamos ao lado de quem está triste e corre o risco de perder a esperança; quando contamos a nossa experiência de fé a quem está em busca de felicidade e sentido da vida.
Depois da recitação do Regina Coeli, o Papa saudou todos os fiéis e peregrinos congregados na Praça de S. Pedro e de modo particular a delegação do Movimento Shalom que hoje chegou à sua última etapa da estafeta de solidariedade para sensibilizar a opinião pública mundial sobre as perseguições dos cristãos no mundo.
«O Vosso itinerário pelas estradas terminou, disse o Papa, mas deve ser prosseguido por todos, o caminho espiritual de oração intensa, de participação concreta e de ajuda tangível em defesa e proteção dos nossos irmãos e irmãs, perseguidos, mortos por simples fato de serem cristãos. “Eles são os mártires do nosso século. E são tantos. Talvez até mais numerosos do que os primeiros mártires».
O Papa Concluiu fazendo votos para que perante esta tragédia, “a comunidade internacional não vire o próprio olhar para um outro lado, não assista de forma silenciosa e inerte tal inaceitável crime que constitui uma preocupante violação dos direitos humanos mais elementares”.
(from Vatican Radio)
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