A paciência, saber suportar as provações, “as coisas que não queremos”, faz “amadurecer a nossa vida”. Quem não tem paciência quer tudo imediatamente, rápido. Quem não conhece a sabedoria da paciência é um pessoa manhosa, como as crianças que fazem manhas” e nada vai bem. “A pessoa que não tem paciência é uma pessoa que não cresce, que permanece nos caprichos de criança, que não sabe lidar com a vida: ou isso ou nada. Esta é uma das tentações: se tornar manhoso”. “Outra tentação dos que não têm paciência é a omnipotência de querer uma coisa já, como acontece aos fariseus que pedem a Jesus um sinal do céu: “Eles queriam um espetáculo, um milagre”:
Confundem o modo de agir de Deus com o modo de agir de um bruxo. E Deus não age como um bruxo, mas com o seu modo de ir avante. A paciência de Deus. Ele também tem paciência. Toda a vez que nós vivemos o sacramento da reconciliação, cantamos um hino à paciência de Deus! Mas com quanta paciência o Senhor nos carrega sobre seus ombros! A vida cristã deve desenrolar-se nesta música da paciência, porque foi justamente a música dos nossos pais, do povo de Deus, dos que acreditaram na Palavra Dele, que seguiram o mandamento que o Senhor deu ao nosso pai Abraão: ‘caminha na minha presença e sê irrepreensível’.
O povo de Deus “sofreu muito, foram perseguidos, mortos”, mas teve “a alegria de saudar de longe as promessas” de Deus. “Esta é a paciência” que “nós devemos ter nas provações: a paciência de uma pessoa adulta, a paciência de Deus” que nos carrega sobre seus ombros. E esta – prosseguiu – é “a paciência do nosso povo”:
Como o nosso povo é paciente! Ainda hoje! Quando vamos às paróquias e encontramos as pessoas que sofrem, que têm problemas, que têm um filho com deficiência ou têm uma doença, mas levam avante a vida com paciência.
Papa Francisco na homilia na Capelo do Espírito Santo na Casa de Santa Marta de 17.02.2014
Papa Francisco na homilia na Capelo do Espírito Santo na Casa de Santa Marta de 17.02.2014
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