Manuscrito autobiográfico C, 34-35
Gostaria de poder dizer-Vos, ó meu Deus: «Glorifiquei-Vos sobre a terra; cumpri a obra que me confiastes; dei a conhecer o vosso nome àqueles que me destes. Eles eram vossos e Vós mos destes. […] Meu Pai, desejo que onde eu estiver, aí estejam comigo aqueles que me destes, e que o mundo conheça que os amastes como Me amastes a Mim mesmo» (Jo 17, 4ss). Sim, Senhor, eis o que gostaria de repetir convosco, antes de voar para os vossos braços. Será temeridade? Ah, não! Há muito tempo que me permitistes ser audaciosa convosco. Como o pai do filho pródigo, falando ao filho mais velho, Vós dissestes-me: «Tudo o que é meu é teu» (Lc 15,31). As vossas palavras, ó Jesus, são portanto minhas e posso servir-me delas para atrair sobre as almas que estão unidas a mim os favores do Pai celeste. […]
O vosso amor precedeu-me desde a minha infância, cresceu comigo, e agora é um abismo, cuja profundidade não consigo sondar. O amor atrai o amor; por isso, meu Jesus, o meu lança-se para Vós e quereria encher o abismo que o atrai mas, pobre de mim!, nem chega a ser uma gota de orvalho perdida no oceano!… Para Vos amar como Vós me amais, preciso de me servir do vosso próprio amor; só então encontro repouso. Ó meu Jesus, é talvez uma ilusão, mas parece-me que não podeis cumular nenhuma alma com mais amor do que cumulastes a minha. É por isso que ouso pedir-Vos que ameis aqueles que me destes como me amastes a mim. Um dia, no céu, se descobrir que os amais mais do que a mim, alegrar-me-ei com isso, reconhecendo desde já que essas almas merecem o vosso amor muito mais do que a minha. Mas cá na terra, não posso conceber maior imensidade de amor do que a que Vos dignastes prodigar-me gratuitamente, sem nenhum mérito da minha parte.
O vosso amor precedeu-me desde a minha infância, cresceu comigo, e agora é um abismo, cuja profundidade não consigo sondar. O amor atrai o amor; por isso, meu Jesus, o meu lança-se para Vós e quereria encher o abismo que o atrai mas, pobre de mim!, nem chega a ser uma gota de orvalho perdida no oceano!… Para Vos amar como Vós me amais, preciso de me servir do vosso próprio amor; só então encontro repouso. Ó meu Jesus, é talvez uma ilusão, mas parece-me que não podeis cumular nenhuma alma com mais amor do que cumulastes a minha. É por isso que ouso pedir-Vos que ameis aqueles que me destes como me amastes a mim. Um dia, no céu, se descobrir que os amais mais do que a mim, alegrar-me-ei com isso, reconhecendo desde já que essas almas merecem o vosso amor muito mais do que a minha. Mas cá na terra, não posso conceber maior imensidade de amor do que a que Vos dignastes prodigar-me gratuitamente, sem nenhum mérito da minha parte.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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