«O ato de fé é abertura à vastidão, quebra da barreira da minha subjectividade, aquilo que Paulo descreve com as palavras: ‘vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim’» (Gálatas 2,20)
«O ato de fé é um ato profundamente pessoal, ancorado na mais íntima profundeza do ser humano. Mas, precisamente porque é inteiramente pessoal, é também um acto de comunicação. Na sua essência mais profunda, o eu relaciona-se com o tu e vice-versa, a relação real, que se torna “comunhão”, só pode nascer na profundeza da pessoa.»
«Por outras palavras, a fé é necessariamente fé eclesial, vive e move-se no nós da Igreja, unida ao seu comum de Jesus Cristo. Neste novo sujeito cai o muro entre mim e o outro, o muro que separa a minha subjectividade da objectividade do mundo e que mo torna inacessível, muro entre mim e a profundidade do ser.»
(Joseph Ratzinger - Olhar para Cristo)
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