"Sabemos que o demónio é um espalhador de joio: sempre em busca de dividir as pessoas, as famílias, as Nações e os povos. Os trabalhadores queriam logo arrancar o erva daninha, mas o patrão os impediu com a seguinte motivação: 'Não. Pode acontecer que, arrancando o joio, vocês arranquem também o trigo'. Sabemos que o joio quando cresce, se parece muito com a boa semente e existe o perigo de confundi-las.
"O ensinamento da parábola é dúplice. Primeiramente, diz que o mal existente no mundo não vem de Deus, mas de seu inimigo, o maligno. Ele vai à noite semear o joio, na escuridão, na confusão, onde não há luz. Este inimigo é astuto: semeou o mal em meio ao bem, tornando impossível aos homens separá-los claramente; mas Deus, pode fazê-lo".
"Nós às vezes, temos muita pressa em julgar, classificar, colocar os bons de um lado e os maus do outro. Lembrem-se da oração do homem soberbo: Deus, eu te agradeço porque sou bom e não sou como aquele que é mal. Deus, ao invés, sabe esperar. Ele olha no campo da vida de cada pessoa com paciência e misericórdia. Vê muito melhor do que nós a sujeira e o mal, mas vê também os germes do bem e espera com confiança que amadureçam. Deus é paciente, sabe esperar. O nosso Deus é um Pai paciente que sempre nos espera e nos espera para nos acolher e nos perdoar."
Papa Francisco, excerto alocução antes do Ângelus de 20.07.2014
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