Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 10 de maio de 2014

«Tu tens palavras de vida eterna!»

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja 
Comentário sobre o evangelho de João, 4, 4; PG 73, 613


«A quem iremos nós, Senhor?» pergunta Pedro, querendo dizer: «Quem nos ensinará como Tu os mistérios divinos?», ou ainda: «Junto de quem encontraríamos melhor?  Tu tens palavras de vida eterna!» Não são palavras intoleráveis, como dizem outros discípulos. Pelo contrário, são palavras que conduzem à realidade mais extraordinária de todas, a vida sem fim, a vida imperecível. Estas palavras mostram-nos realmente que devemos sentar-nos aos pés de Cristo, tomando-O como nosso único mestre, e mantendo-nos constantemente junto dele. […]

O Antigo Testamento também nos ensina que é preciso seguir Cristo, sempre unidos a Ele. Com efeito, no tempo em que os israelitas, libertos da opressão dos egípcios, se apressavam a ir para a Terra Prometida, Deus não permitiu que avançassem desordenadamente. Aquele que lhes deu a sua Lei não lhes permitiria ir a qualquer lado, à sua vontade; com efeito, sem guia, ter-se-iam dispersado completamente. […] Os israelitas encontraram a salvação permanecendo com o seu guia. Também nós fazemos hoje o nosso caminho recusando-nos a separarmo-nos de Cristo, pois foi Ele que Se manifestou aos antigos sob as aparências duma tenda, da nuvem e do fogo (cf Ex 13,21; 26,1ss) […]

«Se alguém Me serve, que me siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu servo» (Jo 12,26). […] Ora o caminho em companhia e no seguimento de Cristo Salvador não se faz num sentido material, mas através de obras de virtude; nelas se empenharam firmemente e de todo o coração os discípulos mais sábios […], que com razão diziam: «A quem iremos ?» Por outras palavras: «Ficaremos sempre contigo, apegar-nos-emos aos teus mandamentos, acolhendo as tuas palavras, sem nunca recalcitrar. Não acharemos, como os ignorantes, que os teus ensinamentos sejam difíceis de entender. Pelo contrário, diremos: “Como são doces ao meu paladar, as tuas palavras! Mais doces do que o mel para a minha boca”» (Sl 119,103).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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