O arcebispo emérito de Braga, Eurico Dias Nogueira, morreu na noite desta segunda-feira depois de "internamento súbito" no hospital, informa a página na Internet da arquidiocese de Braga.
O corpo de Eurico Dias Nogueira será trasladado a partir das 10h desta terça-feira para a Sé Catedral de Braga. A missa exequial será na quarta-feira, às 15h30, informa também a arquidiocese.
D. Eurico Dias Nogueira, 91 anos, que participou no Concílio Vaticano II (1962), nasceu em Dornelas do Zêzere, Coimbra, em 1923, frequentou o Seminário de Coimbra e foi ordenado sacerdote em 1945, pode ler-se também na página da arquidiocese na Internet.
Em 1964, foi nomeado titular de Vila Cabral, em Moçambique, actualmente a cidade de Lichinga (Niassa), no mesmo ano da sua ordenação episcopal, em Coimbra.
Em 1972 foi transferido para Sá da Bandeira, em Angola, tendo o papa aceitado, em 1977, o seu pedido de resignação da então elevada a arquidiocese de Lubango. A 5 de Novembro do 1977, foi nomeado arcebispo de Braga, entregando a diocese ao seu sucessor apenas em 1999.
Segundo a arquidiocese, foi em 2000 nomeado juiz do Tribunal Eclesiástico de Braga, em segunda instância, e residia ultimamente no Seminário Conciliar de Braga.
Em 2012, foi homenageado em Braga, altura em que o seu sucessor, Jorge Ortiga, considerou que a vida de Eurico Dias Nogueira era uma "lição" e "testemunho missionário".
Nessa altura, numa entrevista à agência Ecclesia, Eurico Dias Nogueira recordou os anos que passou em África e admitiu que "criticava algumas posições do Governo".
O arcebispo emérito de Braga lembrou ainda que, nessa altura, quando vigorava a ditadura do Estado Novo, "não dizer bem do Governo era automaticamente ser [considerado] comunista".
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