Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A Alegria do Evangelho» §§ 46-49
A Igreja «em saída» é uma Igreja com as portas abertas […]. A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai […]. Todos podem participar de alguma forma na vida eclesial, todos podem fazer parte da comunidade, e nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a «porta»: o Baptismo. A Eucaristia, embora constitua a plenitude da vida sacramental, não é um prémio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos. […] A Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa.
Se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, há-de chegar a todos, sem excepção. Mas quem deve Ela privilegiar? Quando se lê o Evangelho, encontramos uma orientação muito clara: não tanto os «amigos e vizinhos ricos», mas sobretudo os «pobres e os doentes», aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, «aqueles que não têm com que te retribuir» (Lc 14, 12s). Não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima. Hoje e sempre, «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho» (Bento XVI). […] Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!
Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência, é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. […] Lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mc 6, 37).
Se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, há-de chegar a todos, sem excepção. Mas quem deve Ela privilegiar? Quando se lê o Evangelho, encontramos uma orientação muito clara: não tanto os «amigos e vizinhos ricos», mas sobretudo os «pobres e os doentes», aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, «aqueles que não têm com que te retribuir» (Lc 14, 12s). Não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima. Hoje e sempre, «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho» (Bento XVI). […] Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!
Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência, é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. […] Lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mc 6, 37).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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