Carta apostólica «Mane nobiscum Domine» §§24-28 (trad. copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
Os dois discípulos de Emaús, depois de terem reconhecido o Senhor, «partiram imediatamente» (Lc 24,33) para comunicar o que tinham visto e ouvido. Quando se faz uma verdadeira experiência do Ressuscitado, alimentando-se do seu corpo e do seu sangue, não se pode reservar para si mesmo a alegria sentida. O encontro com Cristo, continuamente aprofundado na intimidade eucarística, suscita na Igreja e em cada cristão a urgência de testemunhar e evangelizar. Quis sublinhá-lo precisamente, referindo-me às palavras de Paulo: «Sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha» (1Cor 11,26). O Apóstolo coloca em estreita inter-relação o banquete e o anúncio: entrar em comunhão com Cristo no memorial da Páscoa significa ao mesmo tempo experimentar o dever de fazer-se missionário do acontecimento que esse rito actualiza. A despedida no final de cada Missa constitui um mandato, que impele o cristão para o dever de propagação do Evangelho e de animação cristã da sociedade.
Para tal missão, a Eucaristia oferece, não apenas a força interior, mas também, em determinado sentido, o projecto. Na realidade, aquela é um modo de ser que passa de Jesus para o cristão e, através do seu testemunho, tende a irradiar-se na sociedade e na cultura. Para que isso aconteça, é necessário que cada fiel assimile, na meditação pessoal e comunitária, os valores que a Eucaristia exprime. […] Ou seja, acção de graças […]: [a eucaristia] induz-nos a um «obrigado» perene — nisto consiste a atitude eucarística — por tudo o que temos e somos […]; o caminho da solidariedade […]: o cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida […]; o serviço dos últimos […], um compromisso real na edificação duma sociedade mais equitativa e fraterna […]: inclinando-Se para lavar os pés dos seus discípulos (Jo 13,1), Jesus explica de forma inequívoca o sentido da Eucaristia.
Para tal missão, a Eucaristia oferece, não apenas a força interior, mas também, em determinado sentido, o projecto. Na realidade, aquela é um modo de ser que passa de Jesus para o cristão e, através do seu testemunho, tende a irradiar-se na sociedade e na cultura. Para que isso aconteça, é necessário que cada fiel assimile, na meditação pessoal e comunitária, os valores que a Eucaristia exprime. […] Ou seja, acção de graças […]: [a eucaristia] induz-nos a um «obrigado» perene — nisto consiste a atitude eucarística — por tudo o que temos e somos […]; o caminho da solidariedade […]: o cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida […]; o serviço dos últimos […], um compromisso real na edificação duma sociedade mais equitativa e fraterna […]: inclinando-Se para lavar os pés dos seus discípulos (Jo 13,1), Jesus explica de forma inequívoca o sentido da Eucaristia.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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