Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A BELEZA DO DEUS QUE SE DÁ!

Acabo de comungar!

Regressado ao meu lugar, ajoelho-me, de cabeça levantada, com um sorriso calmo no rosto, porque o meu Deus é libertador e n’Ele reside toda a minha confiança, toda a minha esperança.

Sei que dentro em pouco não vai ser assim, porque vou novamente “mergulhar” no mundo, e fraco como sou, vou-me deixar envolver nas tristezas, nas provações, embora Ele continue comigo, dentro de mim, (não por meu mérito, mas pelo seu infinito amor), assim como no Sacrário, (pobre de mim), como dizia o Beato Francisco: «O Jesus escondido!», ou serei eu que O escondo, fraca testemunha que sou.

Mas nestes momentos, após a comunhão, a paz, a serenidade, a ternura, verdadeiramente a beleza, tomam conta de mim, e por esses momentos deixo-me sair de mim e gozo a sua presença real em mim, desejando que todos os outros sintam, vivam, os momentos que estou a viver.

Sinto a cara molhada e percebo que há lágrimas que choram dos meus olhos, mas são lágrimas de uma alegria indizível, de uma paz inebriante, de uma ternura incontrolável, porque o seu amor por mim, não tem dimensão, é maior do que tudo o que é maior que a minha humanidade conheça.

Perdoa-me, Senhor, mas neste momento não consigo pensar sequer nos que estão ao meu lado, nos que comigo são Igreja, porque, Senhor, talvez seja egoísta, mas quero gozar este momento em que Te dás inteiramente, e em que por tua graça, eu me abandono a Ti e em Ti.

Amor, beleza, paz, ternura, carinho, imensidão, totalidade, são palavras humanas e não podem descrever este momento divino, porque é um momento teu, que Tu concedes ao que de Ti se aproximou, pois Lhe foi dado por Ti, reconhecer-Te ao «partir do Pão».

Calmamente, mansamente, desço do Tabor, e regresso à minha condição de pecador!

Sou pecador, mas incomparavelmente maior do que o meu pecado, é o teu amor!

Monte Real, 4 de Abril de 2013

Joaquim Mexia Alves
  
Nota:
Vivido na Missa desta Quinta Feira Santa, mas só hoje, finalmente, colocado em escrita.

Sem comentários: