Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 9 de março de 2014

D. Gerhard Müller: a Igreja tem noção de que faz uma proposta que parece totalmente irrealista? (agradecimento ‘É o Carteiro!’)

Perguntas: responsabilidade de "É o Carteiro!"

Considerações antropológicas e teológico-sacramentais

34- Não é possível negar a coerência do que a Igreja constantemente ensinou e ensina. Mas é muito difícil de aceitar, parece destituído de todo o realismo. A Igreja tem consciência desta dificuldade?
A doutrina sobre a indissolubilidade do matrimónio encontra com frequência incompreensão num ambiente secularizado.
Onde se perderam as razões fundamentais da fé cristã, uma mera pertença convencional à Igreja já não é capaz de guiar as escolhas de vida importantes e de oferecer apoio algum nas crises do estado matrimonial – como também do sacerdócio e da vida consagrada.

35- Tendo uma só vida para viver, como se pode aceitar que uma decisão humana – falível, como tudo o que é humano - possa afectar irremediavelmente toda a existência?
Muitos se questionam: como posso vincular-me por toda a vida a uma só mulher/a um só homem? Quem me pode dizer como será daqui a dez, vinte, trinta, quarenta anos de matrimónio? É efectivamente possível um vínculo definitivo com uma só pessoa?
As muitas experiências de comunhão matrimonial que hoje se interrompem reforçam o cepticismo dos jovens em relação às decisões definitivas da vida.
Por outro lado, o ideal da fidelidade entre um homem e uma mulher, fundado na ordem da criação, nada perdeu do seu fascínio, como evidenciam os recentes inquéritos entre os jovens. A maior parte deles deseja uma relação estável e duradoura, enquanto isso corresponderia também à natureza espiritual e moral do homem.
Além disso, deve recordar-se o valor antropológico do matrimónio indissolúvel: ele subtrai os cônjuges do arbítrio e da tirania dos sentimentos e dos estados de ânimo; ajuda-os a enfrentar as dificuldades pessoais e a superar as experiências dolorosas; protege sobretudo os filhos, que são vítimas do maior sofrimento da interrupção dos matrimónios.

36- Essas vantagens inequívocas só são vantagens se fecharmos os olhos ao outro lado do matrimónio indissolúvel, não tão luminoso: é que quando fracassa o amor, porque havemos nós de amarrar as pessoas a relações fictícias?
O amor é algo mais do que o sentimento e o instinto; na sua essência é dedicação.
No amor conjugal duas pessoas dizem um ao outro consciente e voluntariamente: só tu – e tu para sempre.
A palavra do Senhor: «O que Deus uniu...» corresponde à promessa do casal: «Recebo-te como meu esposo... recebo-te como minha esposa... Quero amar-te e honrar-te toda a minha vida, enquanto a morte não nos separar».
O sacerdote abençoa o pacto que os cônjuges estabeleceram entre si diante de Deus.

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