Perguntas: responsabilidade de "É o Carteiro!"
A atenção pastoral
45- Está a ficar claro que não se pode esperar que a Igreja mude o seu pensamento. Dentro desse contexto, de que modo a Igreja vai lidar com as pessoas em situação irregular?
Mesmo se, por natureza íntima dos sacramentos, a admissão a eles por parte dos divorciados recasados não for possível, os esforços pastorais devem dirigir-se ainda mais a favor destes fiéis, mesmo se eles devem permanecer na dependência das normas derivadas da Revelação e da doutrina da Igreja.
O percurso indicado pela Igreja para as pessoas directamente envolvidas não é simples, mas elas devem saber e sentir que a Igreja acompanha o seu caminho como uma comunidade de cura e de salvação.
Com o seu compromisso a compreender a prática eclesial e a não receber a Comunhão, os cônjuges apresentam-se à sua maneira como testemunhas da indissolubilidade do matrimónio.
46- Qualquer que seja a atenção pastoral, ela nunca passa pela recepção da Eucaristia, enquanto a situação for irregular. Mas que outras coisas pode oferecer a atenção pastoral?
A atenção pastoral dos divorciados recasados certamente não deveria limitar-se à questão da recepção da Eucaristia.
Trata-se de uma pastoral global que procura satisfazer o mais possível as exigências das diversas situações.
É importante recordar, a este propósito, que além da Comunhão sacramental há outros modos para entrar em comunhão com Deus.
47- Quais são esses "outros modos" para entrar em comunhão com Deus que não sejam a comunhão?
A união com Deus alcança-se quando nos dirigimos a ele na fé, na esperança e na caridade, no arrependimento e na oração.
Deus pode conceder a sua proximidade e a sua salvação às pessoas por diversos caminhos, mesmo se elas vivem em situações contraditórias.
48- É sugestiva essa ideia: Deus que se pode fazer próximo, mesmo das pessoas em situações contraditórias. Mas às vezes não será Deus, mas podem ser as pessoas em volta a não querer aproximar-se de quem está em situação irregular. Quem tem a dizer?
Como frisam constantemente os recentes documentos do Magistério, os pastores e as comunidades cristãs estão chamados a acolher com abertura e cordialidade as pessoas que vivem em situações irregulares, para estar ao seu lado com empatia, com a ajuda concreta e para lhes fazer sentir o amor do Bom Pastor.
Uma atenção pastoral fundada na verdade e no amor encontrará sempre e novamente neste campo os caminhos a percorrer e as formas mais justas.
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