Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Servir os outros esquecendo-se de si mesmo

Na primeira evangelização, aquela que se fez depois da Ascensão de Jesus aos Céus, a caridade fraterna foi – especialmente com os mais necessitados física ou espiritualmente, e também com os perseguidores – um dos elementos determinantes para a rápida expansão do cristianismo. «Vede como se amam!», põe Tertuliano na boca daqueles pagãos, maravilhados pela mensagem de Cristo. E acrescenta: «Vede como estão dispostos a morrer cada um pelo outro, enquanto os restantes estão mais dispostos a matar-se uns aos outros» [11].

Nunca como agora a comunicação foi mais fácil, rápida e completa. Esta realidade deveria favorecer também o sentido de unidade entre todos os homens. No entanto, como escreveu Bento XVI, «a sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos. A razão, por si só, é capaz de ver a igualdade entre os homens e estabelecer uma convivência cívica entre eles, mas não consegue fundar a fraternidade. Esta tem origem numa vocação transcendente de Deus Pai, que nos amou primeiro, ensinando-nos por meio do Filho o que é a caridade fraterna» [12].

S. Josemaria pregou incansavelmente, como já recordei, a importância capital do mandamento novo, que mandou registar num quadro, na primeira atividade apostólica do Opus Dei, a Academia DYA, há oitenta anos. Mas já antes, no lar cristão da sua família, tinha aprendido a servir os outros esquecendo-se de si mesmo. O exemplo profundamente cristão dos seus pais facilitou que no seu coração – primeiro de criança e depois de adolescente e de jovem – se enraizasse o sentido da fraternidade com todos, manifestada em ações concretas: dar esmola a quem precisa, ajudar os colegas nos trabalhos escolares, mostrar-se disponível nas necessidades espirituais dos outros…

[11]. Tertuliano, Apologético 39, 7 (CCL 1, 151).
[12]. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 29-VI-2009, n. 19.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de janeiro de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

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