V Sermão do Advento; SC 166
«Preparai o caminho do Senhor» (Is 40,3). Irmãos, ainda que vos encontreis muito avançados neste caminho, […] é sem limites a bondade para onde dirigimos os nossos passos. Por isso diz todos os dias o viandante que seja sábio: «comecei agora» (Sl 76,11 LXX). Mas são muitos aqueles que andam «errantes pelo deserto e pela solidão» (Sl 106,4) e daí nenhum deles poder dizer «comecei agora».
«O temor do Senhor é o princípio da sabedoria» (Sl 110,10) e, se é esse o princípio da sabedoria, também é o início do bom caminho. […] É ele que provoca a confissão dos pecados […], que leva o orgulhoso ao arrependimento e lhe permite escutar a voz daquele que prega no deserto, que manda preparar o caminho e mostra por onde começar: «Penitenciai-vos, porque está próximo o Reino do Céu» (Mt 3,2; cf 4,17) […].
Se já te encontras neste caminho, não percas o norte, uma vez que isso seria uma ofensa para o Senhor que aí te conduziu, e que assim te deixaria andar errante pelos caminhos do teu coração. […] E, se o teu caminho te parecer apertado (Mt 7,14), não percas de vista o fim ao qual ele te conduz. Se fores capaz de ver esse fim de toda a perfeição, sem demora dirás: «Como as tuas ordens são generosas!» (Sl 118,96). E se mesmo assim não conseguires vislumbrá-lo, toma sentido no que diz Isaías […]: «Hão-de seguir por este caminho de eleição (Is 57,17) aqueles que o Senhor libertar, e hão-de chegar a Jerusalém com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto, o júbilo e o contentamento por companheiros e já sem qualquer tristeza nem aflição no coração» (Is 35,9-10). Todo aquele que pensar no seu fim, não só achará o caminho espaçoso, mas também tomará asas, de tal modo que já não há-de caminhar, mas voar. […] Então há-de conduzir-vos e acompanhar-vos Aquele que é o caminho de quem corre e a recompensa de quem chega ao fim: o Senhor, Jesus Cristo (Jo 14,6).
«O temor do Senhor é o princípio da sabedoria» (Sl 110,10) e, se é esse o princípio da sabedoria, também é o início do bom caminho. […] É ele que provoca a confissão dos pecados […], que leva o orgulhoso ao arrependimento e lhe permite escutar a voz daquele que prega no deserto, que manda preparar o caminho e mostra por onde começar: «Penitenciai-vos, porque está próximo o Reino do Céu» (Mt 3,2; cf 4,17) […].
Se já te encontras neste caminho, não percas o norte, uma vez que isso seria uma ofensa para o Senhor que aí te conduziu, e que assim te deixaria andar errante pelos caminhos do teu coração. […] E, se o teu caminho te parecer apertado (Mt 7,14), não percas de vista o fim ao qual ele te conduz. Se fores capaz de ver esse fim de toda a perfeição, sem demora dirás: «Como as tuas ordens são generosas!» (Sl 118,96). E se mesmo assim não conseguires vislumbrá-lo, toma sentido no que diz Isaías […]: «Hão-de seguir por este caminho de eleição (Is 57,17) aqueles que o Senhor libertar, e hão-de chegar a Jerusalém com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto, o júbilo e o contentamento por companheiros e já sem qualquer tristeza nem aflição no coração» (Is 35,9-10). Todo aquele que pensar no seu fim, não só achará o caminho espaçoso, mas também tomará asas, de tal modo que já não há-de caminhar, mas voar. […] Então há-de conduzir-vos e acompanhar-vos Aquele que é o caminho de quem corre e a recompensa de quem chega ao fim: o Senhor, Jesus Cristo (Jo 14,6).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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