Sermões 4 e 5 para o Advento
É justo, irmãos, celebrar a vinda do Senhor com a máxima devoção possível, tanto o seu conforto nos deleita […] e tanto o seu amor nos abrasa. Mas não penseis apenas na sua primeira vinda, quando Ele veio para «buscar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,10); pensai também neste outro advento, quando Ele vier para nos levar consigo. Quereria ver-vos constantemente ocupados a meditar nesses dois adventos […] repousando entre estes dois abrigos, porque estes são os dois braços do Esposo nos quais repousava a Esposa do Cântico dos Cânticos: «a sua mão esquerda descansa sobre a minha cabeça, e a sua direita abraça-me» (2,6). […]
Mas há uma terceira vinda entre as duas que mencionei, e os que a conhecem podem descansar para seu deleite. As outras duas são visíveis; esta não o é. Na primeira, o Senhor «apareceu sobre a terra, onde permanece entre os homens» (Bar 3,38) […]; na última, «toda a criatura verá a salvação de Deus» (Lc 3,6; Is 40,5). […] A do meio é secreta; é aquela em que só os eleitos vêem o Salvador dentro de si próprios, e em que a sua alma é salva.
Na sua primeira vinda, Cristo veio na nossa carne e na nossa fraqueza; na sua vinda intermédia, vem em Espírito e poder; na sua última vinda, virá na sua glória e majestade. Mas é pela força das virtudes que chegamos à glória, como está escrito: «O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da glória» (Sl 23,10); e no mesmo livro: «Para ver o Vosso poder e a Vossa glória» (62,3). Portanto, a segunda vinda é como o caminho que leva da primeiro à última. Na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na sua vinda intermédia, é nosso repouso e nossa consolação.
Mas há uma terceira vinda entre as duas que mencionei, e os que a conhecem podem descansar para seu deleite. As outras duas são visíveis; esta não o é. Na primeira, o Senhor «apareceu sobre a terra, onde permanece entre os homens» (Bar 3,38) […]; na última, «toda a criatura verá a salvação de Deus» (Lc 3,6; Is 40,5). […] A do meio é secreta; é aquela em que só os eleitos vêem o Salvador dentro de si próprios, e em que a sua alma é salva.
Na sua primeira vinda, Cristo veio na nossa carne e na nossa fraqueza; na sua vinda intermédia, vem em Espírito e poder; na sua última vinda, virá na sua glória e majestade. Mas é pela força das virtudes que chegamos à glória, como está escrito: «O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da glória» (Sl 23,10); e no mesmo livro: «Para ver o Vosso poder e a Vossa glória» (62,3). Portanto, a segunda vinda é como o caminho que leva da primeiro à última. Na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na sua vinda intermédia, é nosso repouso e nossa consolação.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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