Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A banca do amor

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Carta 142, 6/7/1893, a sua irmã Celina (trad. ed. Carmelo, 1996)


«Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos», diz o Senhor [Is 55,8]. O mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas antes em receber, em amar muito. […] Está dito que é muito mais agradável dar do que receber [At 20,35], e é verdade, mas quando Jesus quer reservar para Ele a doçura de dar, não seria delicado recusar. Deixemo-lo receber e dar tudo o que quiser, a perfeição consiste em fazer a vontade dele, e a alma que se Lhe entrega inteiramente é chamada pelo próprio Jesus «sua Mãe, sua Irmã» e toda a sua Família [Mt 12,50]. E noutro lugar: «Se alguém Me ama, guardará a minha palavra (isto é, fará a minha vontade) e Meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele a nossa morada» [Jo 14,23] Oh! Celina!… Como é fácil agradar a Jesus, encantar o seu coração: basta amá-lo sem olhar para nós mesmas, sem examinar demasiadamente os próprios defeitos. […]

A tua Teresa não se encontra neste momento nas alturas mas Jesus ensina-lhe a tirar proveito de tudo, do bem e do mal que encontra em si. Ensina-lhe a jogar à banca do amor, ou antes, joga Ele por ela sem lhe dizer como se faz porque isso é assunto dele e não de Teresa; o que ela tem de fazer é abandonar-se, entregar-se sem nada reservar para si, nem mesmo a alegria de saber quanto lhe rende a banca. […]

Com efeito, os directores [espirituais] fazem avançar na perfeição mandando praticar um grande número de actos de virtude, e têm razão, mas o meu director, que é Jesus, não me ensina a contar os meus actos; ensina-me a fazer tudo por amor, a não Lhe recusar nada, a ficar contente quando Ele me dá uma ocasião de Lhe provar que O amo, mas isto faz-se na paz, no abandono, é Jesus que faz tudo e eu não faço nada.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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