Homilia de 19/05/2013 para o Pentecostes (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
A novidade causa sempre um pouco de medo, porque nos sentimos mais seguros se tivermos tudo sob controlo, se formos nós a construir, a programar, a projectar a nossa vida de acordo com os nossos esquemas, as nossas seguranças, os nossos gostos. E isto verifica-se também quando se trata de Deus. Muitas vezes seguimo-Lo e acolhemo-Lo, mas só até certo ponto; sentimos dificuldade em nos abandonarmos a Ele com plena confiança, deixando que o Espírito Santo seja a alma, o guia da nossa vida, em todas as decisões; temos medo de que Deus nos faça seguir novas estradas, nos faça sair do nosso horizonte – frequentemente limitado, fechado, egoísta –, para nos abrir aos seus horizontes.
Mas, em toda a história da salvação, quando Deus Se revela traz novidade – Deus traz sempre novidade ─ transforma e pede para se confiar totalmente nele: Noé construiu uma arca, no meio da zombaria dos demais, e salvou-se (cf Gn 6-8); Abraão deixou a sua terra, tendo na mão apenas uma promessa (cf Gn 12); Moisés enfrentou o poder do Faraó e guiou o povo para a liberdade (cf Ex 3-14); os Apóstolos, antes temerosos e trancados no Cenáculo, saíram corajosamente para anunciar o Evangelho (cf At 2).
Não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem. Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às «surpresas de Deus»? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo? Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos oferece, ou pomo-nos à defesa fechando-nos em estruturas caducas que perderam capacidade de acolhimento?
Mas, em toda a história da salvação, quando Deus Se revela traz novidade – Deus traz sempre novidade ─ transforma e pede para se confiar totalmente nele: Noé construiu uma arca, no meio da zombaria dos demais, e salvou-se (cf Gn 6-8); Abraão deixou a sua terra, tendo na mão apenas uma promessa (cf Gn 12); Moisés enfrentou o poder do Faraó e guiou o povo para a liberdade (cf Ex 3-14); os Apóstolos, antes temerosos e trancados no Cenáculo, saíram corajosamente para anunciar o Evangelho (cf At 2).
Não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem. Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às «surpresas de Deus»? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo? Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos oferece, ou pomo-nos à defesa fechando-nos em estruturas caducas que perderam capacidade de acolhimento?
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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