Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, nº 20, 3-4; PG 60, 162
Não há nada mais insensível do que um cristão que não se aplica em salvar os outros. Não podes argumentar sobre isto com o pretexto da pobreza: a viúva que deu as suas duas moedinhas levantar-se-ia para te acusar (Lc 21,2). Pedro também, pois dizia: «Não tenho ouro nem prata» (At 3,6). Assim como Paulo, que era tão pobre que frequentemente passava fome e carecia de bens necessários (1Cor 4,11). Também não podes objectar com o teu nascimento humilde: também eles eram de modesta condição. A ignorância não te será melhor desculpa: também eles eram iletrados […]. Não invoques igualmente a doença: Timóteo era dado a frequentes indisposições (1Tim 5,23) […]. Qualquer um pode ser útil ao seu próximo se quiser fazer aquilo que lhe for possível. […]
Não digas que te é impossível reconduzir os outros ao bom caminho porque, se és cristão, é impossível que tal não se faça. Cada árvore carrega o seu fruto (Mt 7,17s) e, como não há contradição na natureza, o que dizemos é igualmente verdade, porque tal deriva da própria natureza do cristão. […] É mais fácil a luz ser trevas do que o cristão não brilhar.
Não digas que te é impossível reconduzir os outros ao bom caminho porque, se és cristão, é impossível que tal não se faça. Cada árvore carrega o seu fruto (Mt 7,17s) e, como não há contradição na natureza, o que dizemos é igualmente verdade, porque tal deriva da própria natureza do cristão. […] É mais fácil a luz ser trevas do que o cristão não brilhar.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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