Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 20 de julho de 2013

Marta e Maria unidas

Odão de Cantuária (?-1200), monge beneditino 
Sermão para a festa da Assunção


O Evangelho narra-nos a cena em que Jesus é acolhido por duas irmãs e, enquanto uma O serve, a outra entrega-se à escuta da Sua palavra. Tudo isto pode ser aplicado à bem-aventurada Virgem Maria.

Estas duas mulheres mencionadas na Escritura costumam ser encaradas como símbolo das duas vias da Igreja: Marta representa a via activa e Maria a contemplativa. Marta esforça-se a praticar obras de misericórdia; Maria repousa, observando. A activa entrega-se ao amor do próximo; a contemplativa ao amor de Deus. Ora, Cristo é Deus e homem, e foi desde logo envolvido no amor singular da bem-aventurada Virgem Maria, quer enquanto servia a Sua humanidade, quer enquanto estava atenta à contemplação da Sua divindade. [...]

Algumas pessoas servem os membros do Corpo de Cristo; a Virgem Maria servia Cristo em carne e osso, [...] e não só com atitudes exteriores, mas com a sua própria substância, tendo-Lhe oferecido a hospitalidade do seu seio. Na Sua meninice ajudou à fragilidade da Sua condição humana, enchendo-o de carícias, dando-Lhe banho, tratando d'Ele, levando-O para o Egipto para escapar à perseguição de Herodes e trazendo-O de volta; e enfim, depois de múltiplos serviços, mantendo-se junto à cruz aquando da Sua morte e ajudando a pô-Lo no túmulo. [...] Assim, foi Marta, e ninguém poderá igualá-la neste serviço.

Mas também na contemplação, a parte de Maria, a Virgem é superior a todos. Na verdade, que contemplativa não devia ser aquela que trouxera no seu seio a própria Divindade, o próprio Filho de Deus unido à sua carne! Depois de nascer, prestou-Lhe atenção, falou-Lhe, desfrutou da Sua companhia, contemplou-O, a «Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Cl 2,3). [...] Assim foi a Virgem também contemplativa, Ela que, no Filho unigénito de Deus que tinha gerado no seu seio, contemplava a glória de toda a Trindade!

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