«Assim, pois, a Igreja ora e trabalha para que a totalidade do mundo se integre no Povo de Deus, Corpo do Senhor e templo do Espírito Santo, e em Cristo, Cabeça de todos, se dê toda a honra e glória ao Criador universal e Pai» [15].
Coube-nos viver numa época em que a necessidade de trabalhar na edificação da Igreja se mostra mais premente. Não desanimemos nem deixemos entrar o mais pequeno pessimismo, perante o ambiente de relativismo e de indiferença, mais ainda, de rejeição de Deus, que se espalha como uma mancha de óleo por tantos sítios. Os que queremos levar a sério a nossa fé, havemos de multiplicar alegremente os esforços por aproximar as almas de Deus, da Igreja. Não penseis que é uma tarefa titânica: só temos de fazer o que está nas nossas mãos, bem decididos a orientar a nossa existência totalmente para Deus. O Paráclito atua sempre nos corações, suscitando em cada um – talvez nos momentos mais imprevistos – uma sede ardente de eternidade, de vida sobrenatural. E nós, cada uma e cada um de nós, temos de nos mostrar disponíveis para seguir as Suas inspirações. Ser Igreja, ser Povo de Deus, segundo o grande desígnio de amor do Pai, quer dizer ser o fermento de Deus nesta nossa humanidade, quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de respostas que animem, que infundam esperança e que deem um vigor renovado ao caminho [16].
Insisto: enchamo-nos de confiança, sem dar espaço ao desalento. A nossa época apresenta-se-nos repleta de possibilidades maravilhosas para aprender e para espalhar o bem. Diariamente são-nos oferecidas ocasiões de demonstrar o nosso carinho ao Senhor, falando d’Ele aos que encontramos no nosso caminho. Redobremos a nossa confiança n’Ele. Deus é mais forte, exclama o Santo Padre, E sabeis por que motivo é mais forte? Porque Ele é o Senhor, o único Senhor! E gostaria de acrescentar também que a realidade às vezes obscura, marcada pelo mal, pode mudar, se formos os primeiros a transmitir a luz do Evangelho, principalmente através da nossa própria vida. Se num estádio (…), numa noite escura, uma pessoa acende uma luz, mal se vislumbra; mas se os mais de setenta mil espetadores acendem a própria luz, o estádio ilumina-se. Façamos com que a nossa vida seja uma luz de Cristo: juntos, levaremos a luz do Evangelho a toda a realidade [17].
[15]. Concílio Vaticano II, Const. Dogm. Lumen gentium, n. 17.
[16]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 12-VI-2013.
[17]. Ibid.
[17]. Ibid.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de julho de 2013)
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