A missa foi concelebrada pelo arcebispo de Mérida, D. Baltazar Cardozo, e pelo abade primaz dos beneditinos, D. Notker Wolf, estavam igualmente presentes alguns colegas da Rádio Vaticano, acompanhados pelo Diretor-geral, Pe. Federico Lombardi.
Acentuando o aspecto da felicidade dos discípulos, principalmente no tempo entre Ascensão e Pentecoste, o Papa disse:
“Os cristãos são homens e mulheres alegres, como nos ensinam Jesus e a Igreja. Mas o que é esta felicidade? É alegria? Não, não é o mesmo. A felicidade é um pouco mais, é uma coisa que não provém de razões momentâneas: é mais profunda, é um dom. A alegria, no fim se transforma em superficialidade e nos faz sentir um pouco ingénuos, tolos, sem a sabedoria cristã... A felicidade não. É um dom do Senhor, é como uma unção do Espírito; é a certeza de que Jesus está connosco e com o Pai”.
O homem feliz, portanto, é um homem seguro, certo de que “Jesus está connosco”. A este ponto o Papa se perguntou: “Podemos engarrafar a felicidade para a termos sempre connosco?”. E respondeu:
“Não, porque quando queremos ter esta felicidade só para nós, nosso coração fica ‘emburrado’ e nosso rosto não transmite felicidade, mas só melancolia, o que não é saudável. Por vezes, vemos cristãos melancólicos que parecem ‘pimenta com vinagre’, que não têm uma vida bonita.
Não aparentam felicidade. Isso porque a felicidade não pode ficar parada, deve caminhar, é uma virtude peregrina, um dom que caminha pelo itinerário de nossas vidas, com Jesus: rezar, anunciar Jesus e a felicidade alonga e alarga o caminho: é uma virtude dos grandes, dos que estão acima da pequenez humana, dos que não se deixam envolver em picuinhas da comunidade e da Igreja, pois olham sempre ao horizonte”.
A felicidade é “peregrina”, reiterou, concluindo que o cristão é “magnânimo e não pode ser covarde”, e nestes dias, especialmente, a Igreja nos convida a pedir a felicidade e o desejo, que sustentam o cristão em seu caminho.
Rádio Vaticano com adaptação de JPR
Vídeo da ocasião em italiano
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