Francisco deixa alerta contra consequências da «calúnia» e do «ódio»
O Papa Francisco lembrou hoje os “mártires” da Igreja Católica que são vítimas do “ódio” e das “calúnias”, perseguidos e mesmo mortos por causa da sua fé.
“O tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos afirmar, em verdade, que a Igreja tem mais mártires do que nos primeiros séculos”, disse, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta, perante profissionais das telecomunicações do Estado da Cidade do Vaticano.
“A Igreja tem tantos homens e mulheres que são caluniados, que são mortos por ódio a Jesus, por ódio à fé”, prosseguiu, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano.
O Papa recordou quem é caluniado e perseguido “neste tempo dos mártires”, retomando uma ideia que tem repetido nas primeiras intervenções do pontificado.
Este domingo, por exemplo, Francisco pediu orações pelos cristãos que são perseguidos em todo o mundo”.
Na homilia de hoje, o Papa argentino alertou para os efeitos da calúnia, realçando que esta “destrói a obra de Deus nas pessoas” e vem de “Satanás”.
Francisco recordou Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, vítima de “falsos testemunhos”, da “mentira”.
“Todos somos pecadores, todos. Temos pecados, mas a calúnia é outra coisa, é um pecado, claro, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus, nasce de algo muito feio, nasce do ódio e quem faz o ódio é Satanás”, acrescentou.
A homilia destacou a “turbulência espiritual” da sociedade atual e deixou uma oração pela proteção da Virgem Maria nestes tempos.
As primeiras canonizações do atual pontificado, marcadas para o dia 12 de maio, incluem o italiano Antonio Primaldo e cerca de 800 companheiros leigos, assassinados “por ódio à fé” a 13 de agosto de 1480, na cidade de Otranto, durante uma invasão levada a cabo por tropas turcas.
O Papa aprovou ainda, a 28 de março, a publicação dos decretos que reconhecem o martírio de 62 católicos, assassinados no século XX por causa da sua fé.
OC / Agência Ecclesia
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