Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 10 de março de 2013

Livremente e por amor ofereceu o sacrifício da Sua vida

Que agradecimento devemos ter a Nosso Senhor pelo amor incomensurável que nos demonstrou! Livremente e por amor ofereceu o sacrifício da Sua vida não só pela humanidade tomada no seu conjunto, mas por cada uma, por cada um de nós, como S. Paulo expõe: diléxit me et trádidit seípsum pro me [9], amou-me e entregou-Se a Si mesmo à morte por mim. Mais ainda, com expressão forte, o mesmo Apóstolo regista o cúmulo do amor redentor de Jesus Cristo, ao afirmar: a Ele, que não conheceu o pecado, Deus Pai fê-Lo pecado por nós, para que chegássemos a ser n’Ele justiça de Deus [10].

A este propósito, dizia Bento XVI numa audiência: Como é maravilhoso, e ao mesmo tempo surpreendente, este mistério! Nunca podemos meditar suficientemente nesta realidade. Jesus, mesmo sendo Deus, não quis fazer das Suas prerrogativas divinas uma posse exclusiva; não quis usar o Seu ser Deus, a Sua dignidade gloriosa e o Seu poder como instrumento de triunfo e sinal de distância de nós. Ao contrário, "despojou-se a si mesmo" assumindo a frágil e miserável condição humana [11].

«No Seu plano de salvação, ensina o Catecismo da Igreja Católica, Deus dispôs que o Seu Filho, não só “morresse pelos nossos pecados” (1 Cor 15, 3), como também “saboreasse a morte”, isto é, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre a Sua alma e o Seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que expirou na cruz e o momento em que ressuscitou» [12]. Assim se manifestou, ainda com maior evidência, a realidade da morte de Jesus e a extensão da boa nova da salvação às almas que estavam no “sheol” ou “inferno”; assim denomina a Escritura o estado em que todos os defuntos se encontravam, privados da visão de Deus, porque ainda não se tinha efetivado a Redenção. Mas a “descida” de Cristo teve efeitos diferentes: «Jesus não desceu à mansão dos mortos para de lá libertar os condenados, nem para abolir o inferno da condenação, mas para libertar os justos que O tinham precedido» [13], mais uma prova da justiça e da misericórdia de Deus que temos de apreciar e agradecer.


[9]. Gl 2, 20.
[10]. 2 Cor 5, 21.
[11]. Bento XVI, Discurso na Audiência geral, 8-IV-2009.
[12]. Catecismo da Igreja Católica, n. 624.
[13]. Catecismo da Igreja Católica, n. 633.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de março de 2013)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

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