Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nunca um Papa teve, num certo sentido, tão pouco "sucesso" (agradecimento ‘É o Carteiro!)

EXCERTO

Foram sete anos terríveis de pontificado.
Nunca um Papa teve, num certo sentido, tão pouco "sucesso". 


Passou de polémica em polémica:  
  • crise com o Islão depois do seu discurso de Ratisbona, onde evocou a violência religiosa; 
  • deformação das suas palavras sobre a Sida durante a primeira viagem à África, que suscitou um protesto mundial;
  • vergonha sofrida pelo explodir da questão dos sacerdotes  pedófilos, por ele enfrentada; 
  • o caso Williamson, onde o seu gesto de generosidade em relação aos quatro bispos ordenados por D. Lefebvre (o Papa revogou as excomunhões) se transformou numa reprovação mundial contra Bento XVI, porque não tinha
    sido informado sobre os discursos negacionistas da Shoah feitos por um deles; 
  • incompreensões e dificuldades de pôr em ação o seu desejo de transparência quanto às finanças do Vaticano; 
  • traição de uma parte do seu grupo mais próximo no caso Vatileaks, com o seu mordomo que subtraiu cartas confidenciais para as publicar...

Não teve nem sequer um ano de trégua. Nada lhe foi poupado. 
Às violentas provações físicas do pontificado de João Paulo II, ao atentado e ao mal de Parkinson, parecem corresponder as provações morais de rara violência desta litania de contradições sofrida por Bento XVI.
Ao renunciar, o Papa eclipsa-se.
À própria imagem do seu pontificado. 


Mas só Deus conhece o poder e a fecundidade da humildade.

_________________________________________________
Jean-Marie Guénois
In Le Figaro Magazine, 15-16.2.2013
Transcrição: L'Osservatore Romano
© SNPC | 25.02.13


Sem comentários: