São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
Uma pessoa que ama outra e que lhe faz bem ama-a e faz-lhe bem segundo as suas qualidades, segundo as suas propriedades pessoais. É assim que age o teu Esposo, que em ti reside enquanto omnipotente: ama-te e faz-te bem segundo a Sua omnipotência.
Infinitamente sábio, Ele ama-te e faz-te bem segundo a extensão da Sua sabedoria. Infinitamente bom, Ele ama-te e faz-te bem segundo a extensão da Sua bondade. Infinitamente santo, Ele ama-te e faz-te bem segundo a extensão da Sua santidade. Infinitamente justo, Ele ama-te e concede-te as Suas graças segundo a extensão da Sua justiça. Infinitamente misericordioso, clemente e compassivo, Ele faz-te experimentar a Sua clemência e a Sua compaixão. Forte, delicado, sublime em Seu ser, Ele ama-te de maneira forte, delicada e sublime. Infinitamente puro, ama-te segundo a extensão da Sua pureza. Soberanamente verdadeiro, ama-te segundo a extensão da Sua verdade.
Infinitamente generoso, ama-te e cumula-te de graças, segundo a extensão da Sua generosidade, sem qualquer interesse pessoal e visando apenas fazer-te bem. Soberanamente humilde, ama-te com humildade soberana e com soberana estima.
Eleva-te até Si, a ti Se descobre alegremente, com uma face cheia de graça, nesta via dos conhecimentos que te dá. E tu ouve-Lo dizer-te: «Sou teu e por ti; alegro-me por ser o que sou, a fim de Me dar a ti e de ser teu para sempre.» Quem poderá exprimir o que sentes, alma bem-aventurada, vendo-te amada a este ponto, vendo-te tida por Deus em semelhante estima?
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