acordas-me,
e não me deixas dormir,
pões palavras no meu coração,
e exaltas o meu sentir.
Um pacifico frenesim,
toma conta de mim,e eu tenho que dar à folha em branco
as palavras,
que ao coração me vêm.
Repousa agora a terra,
calmamente,
pois no seu seio,
já nasceu a Semente,
que há-de morrer,
para dar fruto,
todo o fruto
que a terra possa conter.
Por um momento,
os homens aproximam-se...
dos homens,
num abraço de fraternidade,
e até parece que a terra
ficou prenhe de felicidade.
Naquele Menino,
parece que a paz é duradoura,
nascido simples,
humilde,
na frágil humanidade,
deitado na manjedoura,
para os homens de boa vontade.
Já nasceu a Semente,
que a terra há-de ver morrer,
toda envolta na dor,
em que se há-de entregar,
no mais profundo
e puro amor,
para depois ressuscitar,
para nunca mais morrer.
É nessa Ressurreição,
nessa Morte
e na Paixão,
que se entende este nascer,
na paz e no amor,
deste Menino adorado,
que é Deus Nosso Senhor.
Marinha Grande, 25 de Dezembro de 2012
04.50 da madrugada do Dia de Natal.
Joaquim Mexia Alves AQUI
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