Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Tom muito assertivo de carta da Secretaria de Estado do Vaticano à Conferência Episcopal do Peru sobre a situação na ex-Pontifícia Universidade Católica

A Conferência Episcopal Peruana (CEP) não deve ser instrumentalizada pela “universidade rebelde”. Pelo contrário, está obrigada a prestar um “devido e claro” apoio às determinações da Santa Sé  na disputa pela legítima propriedade da instituição, até ontem Pontifícia e Católica. Este é o cerne de uma carta enviada pelo Vaticano ao presidente dos bispos do país sul-americano, D. Salvador Piñeiro. Uma dura chamada de atenção para acabar com as ambiguidades e com o “jogo sujo”.
O texto, até agora desconhecido e cujo conteúdo Vatican Insider teve acesso, foi entregue na sexta-feira, 20 de julho, na Nunciatura Apostólica em Lima, ao secretário geral da CEP, D. Lino Panizza Richero. Com ele, estava o segundo vice-presidente e arcebispo de Arequipa, D. Javier del Rio, e o arcebispo de Lima, D. Juan Luis Cipriani Thorne.
O embaixador papal, arcebispo James Patrick Green, entregou-lhes cópia do decreto com o qual a Sé Apostólica dispôs a retirada dos títulos honorários de “Pontifícia” e “Católica” da universidade. E também lhes entregou a carta do Secretário de Estado, D. Tarcisio Bertone, na qual anuncia a inédita decisão ao reitor Marcial Rubio.
Isso ocorreu nas primeiras horas da tarde. D. Green ordenou que os três documentos, inclusive a carta a D. Piñeiro, sejam enviados a todos os bispos do país. Mais tarde, recebeu na nunciatura as autoridades da PUCP, às quais transmitiu o decreto e a carta.
A mensagem de Roma ao arcebispo de Ayacucho-Huamanga deixou pouco espaço para dúvidas: “Para o bem da Universidade e pela responsabilidade da Igreja no âmbito educacional, esta Conferência Episcopal deve apoiar a posição da Santa Sé e o Arcebispo de Lima (N. Spe Deus: D. Juan Luis Cipriani Thorne), desautorizando com vigor qualquer intervenção contrária e convidando o episcopado do país a uma ação colegial leal. Em caso de dúvidas, o senhor e os demais bispos terão a amabilidade de consultar o Sr. Núncio em Lima”.
E acrescentou: “O Santo Padre espera que,  doravante, a Conferência Episcopal renda um decidido e claro apoio às decisões tomadas pela Santa Sé acerca da situação da PUCP e sejam evitadas novas incompreensões e divisões”.
A dureza das palavras deixou claro que, em vez de manter uma posição institucional, a cúpula dos bispos alinhou com a instituição educacional durante o litígio pela universidade. Inclusive quando a rebeldia de suas autoridades era aberta e manifesta.
O que ficou claro em 17 de abril, quando a Conferência emitiu uma nota pública em nome de seus cinco bispos delegados na Assembleia Universitária da PUCP. Esse texto foi desconcertante, não só porque seu conteúdo estava em suspeita sintonia com a tese da reitoria, mas também porque foi difundido sem o consentimento de alguns dos supostos signatários, que nem sequer foram consultados.
Este episódio foi qualificado como “lamentável” pela carta do Vaticano a D. Piñeiro, que foi incisiva: “Peço-lhe que cuide para que esta Conferência Episcopal evite ser instrumentalizada pela reitoria da universidade”.
Trata-se de mais uma prova da seriedade com que a Santa Sé afrontou a controvérsia da ex-Pontifícia e Católica. E embora seus alunos mais radicais sustentem que a retirada dos títulos “não significa nada”, a realidade é outra. Porque se trata de acabar com um litígio que dura mais de 40 anos e que chegou a níveis insustentáveis.
Por ora, nesta segunda-feira, dia 23, está prevista uma nova sessão da Assembleia Universitária. Nela será analisada a decisão de Roma que, certamente, não é definitivamente irreversível. Como bem assinala o decreto pontifício, é possível rever a retirada dos títulos. A solução é simples: se a direção dos docentes se retratar e modificar seus estatutos, recupera a sua identidade. De outra forma, um futuro sombrio espera-os.
Por Andrés Beltramo Álvarez in ‘Vatican Insider’| Tradução: Fratres in Unum.com com adaptação e edição residual de JPR

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