Como diriam os “intelectuais” da bola o esférico é redondo, pessoalmente acho-o nalguns casos, para não dizer maioritariamente, obsceno e totalmente divorciado da boa ética.
Permitam-me que comece por vos enunciar que não sou, nem nunca fui adepto de futebol, que não tenho preferência clubística e que há muito que considero o futebol dito de alta competição, selecções nacionais incluídas, e outros desportos, como pura e simplesmente um negócio sem contornos éticos de qualquer espécie e em que os resultados geralmente não correspondem a qualquer verdade desportiva.
Feita esta introdução, desejo manifestar a minha mais veemente indignação, seja pelos montantes em causa, seja pela obsessiva cobertura jornalística a nível mundial, relativas às transferências de alguns jogadores, que como seres humanos são-me credores de todo o respeito em paridade com qualquer outro, mas que representa o estereótipo da sociedade relativista e sem valores em que vivemos. Mais grave ainda, representa um péssimo exemplo para os mais jovens, que além de valorizarem os seus dotes enquanto artista da bola, são normalmente bombardeados pelos exorbitantes excessos de comportamento destes seres humanos que deveriam ser um exemplo, concretizando, refiro-me aos carros, ao tipo de férias e às opções de companhias.
Infelizmente, parece-me haver uma maioria que se perguntada o que desejam para o futuro dos filhos, responderão jogador de futebol. Os meus pais, já lá vão várias décadas, teriam ambicionado uma licenciatura, mas esta é a sociedade que deixámos crescer à nossa volta, sim, não nos podemos eximir da nossa quota-parte de responsabilidade.
Desculpem-me a crueza das palavras e permitam-me que termine rogando a intercessão da Virgem Santíssima para que os nossos filhos, netos e jovens entes queridos, cresçam valorizando os ensinamentos de Jesus Cristo Nosso Senhor e da Sua Igreja, nomeadamente do Romano Pontífice e que o Espírito Santo nos ilumine para que saibamos transmitir-lhes a sã doutrina, a boa ética e os valores verdadeiramente importantes.
JPR
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