Foto: Corriere della Sera |
Paolo Gabriele escondia ilicitamente um manancial de documentos confidenciais que envolvem Bento XVI e o seu círculo mais restrito. O caso remonta ao início do ano, quando começaram a surgir fugas de informação do Vaticano para a comunicação social.
Foi detido esta sexta-feira, no Vaticano, um homem que estava em posse de documentos confidenciais. A Santa Sé confirma que o detido, Paolo Gabriele, é um mordomo dos aposentos do Papa, que, por isso, teria acesso a documentos privados.
Paolo Gabriele é um homem do círculo mais restrito do Papa e estava ao serviço do Apartamento Pontifício desde 2006. Foi apanhado e detido por posse ilícita de documentos reservados, escondidos no apartamento onde vive com a sua família.
A polémica prolonga-se desde o início do ano, com várias fugas de documentos secretos e cartas confidenciais publicadas na comunicação social. Trata-se de documentos reservados que envolvem o Papa e os seus mais directos colaboradores, um manancial tão polémico como foi o “Wikileaks” e que já mereceu a alcunha de “Vatileaks”.
Para resolver a situação, Bento XVI já tinha convocado uma reunião no Vaticano, com a nomeação de um grupo de cardeais para apurar de onde vinha a repetida fuga de documentos. Esta semana deu-se um novo golpe, com um livro que publica mais um conjunto de cartas e faxes secretos dirigidos ao Papa.
A detenção de Paolo Gabriele acontece um dia depois de o presidente do banco do Vaticano, Gotti Tedeschi, ter sido demitido pela administração por falta de entendimento na aplicação das regras de transparência financeira.
Rádio Renascença
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