Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 24 de março de 2012

Um grande gesto de amor - O cardeal Bertone falou sobre a visita pastoral


Um grande gesto de amor. Foi assim que o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, definiu a escolha de Bento XVI de visitar o México de 23 a 26 de Março. Na entrevista concedida a Valentina Alazraki, jornalista da emissora mexicana Televisa, e ao diário "El Sol de México", divulgada integralmente pela Rádio Vaticano, o secretário de Estado afirmou que o Papa nestes dias provavelmente vai relançar apelos contra a violência, a favor da vida, para a promoção da família. Bento XVI, explica o cardeal, conhece bem a situação do México, "um país atravessado por problemas e desafios enormes, sobretudo pelos desafios da violência, da corrupção, do narcotráfico, que exigem o compromisso de todos, o empenho de todas as instâncias religiosas, civis e sociais para superar esta fase e refundar o México com base nos valores cristãos, que estão no ADN do povo mexicano: os valores da convivência pacífica, da fraternidade, da solidariedade e da honestidade".


Por esta razão, o Papa leva consigo "uma mensagem de encorajamento" e, acrescentou, transmite-a "sobretudo aos jovens a fim de que não se deixem desanimar, capturar por objectivos fáceis, por horizontes talvez de lucro e de arrivismo fáceis, mas que possam sentir-se empenhados na construção de uma sociedade solidária, honesta, onde cada pessoa encontre o próprio lugar e obtenha o seu reconhecimento. Uma mensagem de amor e de grande encorajamento, por conseguinte de optimismo. 


Nas pegadas da experiência amadurecida nos vários encontros com a realidade mexicana, o cardeal Bertone definiu a fé do povo desta grande Nação "sólida, não superficial. E sob este ponto de vista acho que, até agora, a fé não se enfraqueceu, aliás precisamente perante os problemas e os desafios, é necessário um enraizamento ainda maior na fé e é preciso a ajuda do Alto e, portanto, mais oração, mas também um compromisso pessoal maior. Penso que a Igreja, com a sua estrutura organizacional, os seus pastores e as suas organizações sociais difundidas em todo o mundo, trabalha nesta direcção".


Além disso, o cardeal sublinhou que as relações entre o México e a Santa Sé estão a evoluir positivamente, sobretudo considerando as tensões que caracterizaram o século passado. "O povo - recordou o secretário de Estado - sentia a Igreja como "sua", como alma do povo, contudo sob um ponto de vista político, civil e estrutural havia uma contraposição, uma tensão. Há vinte anos foram restabelecidas as relações diplomáticas: este é um sinal de relevância pública da Igreja como tal. É um reconhecimento da função universal desempenhada pela Igreja e pela Santa Sé. Pensemos também no desenvolvimento que o México teve na comunidade internacional, não só no Caribe e na América Latina, mas na comunidade internacional, por assim dizer, entre os Vinte. Por conseguinte, é significativo que estas relações sejam sólidas e frutuosas".


No que diz respeito ao futuro imediato o purpurado recordou que actualmente no México se está a debater e a votar uma lei sobre a liberdade religiosa. E relativamente a este ponto o secretário de Estado concluiu: "Se o direito à liberdade religiosa resistir, também os outros direitos serão tutelados e salvaguardados. Se faltar o direito à liberdade religiosa - direito basilar, fundamental - inclusive os outros direitos vacilarão". No respeitante à visita a Cuba, numa entrevista ao jornalista Andrea Tornielli do diário italiano "La Stampa", o cardeal Bertone deteve-se sobre as aspirações do povo cubano. Referindo-se à histórica visita do Papa Wojtyla, indicou-a como ponto de partida para um diálogo renovado entre Estado e Igreja graças ao qual foram dados "passos em frente rumo à liberdade religiosa", e se reforçou "a cooperação". Está convencido também de que a visita de Bento XVI "contribuirá para o processo de desenvolvimento rumo à democracia e abrirá novos espaços de presença" para a Igreja. 


(© L'Osservatore Romano - 24 de Março de 2012)

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