Encontram-se já em Assis o Papa e as delegações e representantes das diversas religiões do mundo, que viajaram de comboio, a partir do Vaticano. Como há 25 anos, no histórico encontro promovido por João Paulo II com líderes religiosos para invocarem conjuntamente a paz, os participantes encontram-se congregados, de manhã, na basílica de Santa Maria dos Anjos, que engloba a capelinha da Porciúncula, para um momento de reflexão, que se concluirá com a intervenção do Santo Padre. Todos os chefes de delegação foram acolhidos à entrada da basílica por Bento XVI.
Primeiro momento deste encontro, a projeção de um vídeo evocativo do encontro de 1986.
Após uma saudação inicial da parte do cardeal Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, intervêm 10 personalidades, intervenções entremeadas por breves execuções de música: o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I; o arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, primaz anglicano; o arcebispo primaz da Igreja Armena em França; o Secretário Geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, Olav Tveit; o rabino David Rosen, representante do Grão Rabinato de Israel; um porta-voz da religião Yoruba; um representante do Induísmo; o presidente do Budismo coreano; o Secretário geral da Conferência Internacional das Escolas Corânicas; e a escritora Júlia Kristeva, como representante dos não-crentes. O encontro da manhã conclui com a intervenção do Santo Padre.
Esta jornada de “reflexão, diálogo e oração” conta com 17 delegações de Igrejas cristãs do Oriente, 13 Igrejas ocidentais, uma representação do Grão Rabinato de Israel (judaísmo) e outros 176 representantes de diversas tradições religiosas. Do Médio Oriente e dos países árabes, participam 48 muçulmanos. De salientar também um neto de Mahatma Gandhi, na representação hindu, para além de quatro professores europeus “que se professam como não crentes”, entre os quais o economista Walter Baier, do partido comunista austríaco.
Após um almoço, frugal, e um tempo pessoal de recolhimento, os participantes vão dirigir-se em silêncio para a basílica de São Francisco, na parte alta da cidade, junto da qual, na mesma praça onde decorreu o comovente momento final do Encontro de há 25 anos atrás, terá lugar o momento de renovação solene do “compromisso comum pela paz”.
Rádio Vaticano
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