D. José Cordeiro quando recebido pelo Papa |
“A nossa realidade pastoral exige a coragem, a confiança e a paciência para ir ao encontro dos homens e das mulheres do nosso tempo, testemunhando que também hoje é possível, belo, bom e justo viver a existência humana à luz do Evangelho”, disse o prelado, na saudação proferida no final da cerimónia, na catedral de Bragança.
Numa intervenção em que citou, entre outros, Fernando Pessoa e Miguel Torga, o novo bispo falou da diocese como uma “realidade desafiante” e disse aos padres que são os seus “primeiros e indispensáveis colaboradores”, anunciando uma assembleia do clero no próximo dia 17.
“Somos chamados a uma conversão pastoral para abraçar este desafio do futuro, da cultura e da fé. Por isso, convoco-vos para a missão do essencial ao serviço de todo o povo de Deus a nós confiado”, assinalou ainda.
D. José Cordeiro manifestou o seu desejo de se encontrar, “logo que seja possível”, com os “movimentos e organismos eclesiais, com as diferentes autoridades, meios de comunicação social e instituições de solidariedade” da diocese.
“Peço a Deus um coração que escute os sinais dos tempos e os desafios que neles se manifestam, para ser um humilde servidor da Beleza, da Verdade, do Amor e da Alegria para vós e convosco”, concluiu.
Numa cerimónia presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal, D. José Policarpo, o mais recente e mais jovem membro do episcopado português quis agradecer a todos os que o acompanharam neste momento, destacando que “até as novas linguagens da internet e suas redes sociais quiseram preparar este dia”.
Já o patriarca de Lisboa disse na sua homilia que ser bispo de uma diocese não é um trabalho a “fazer sozinho” e que os padres não são “um conjunto de indivíduos”, mas um corpo.
Numa cerimónia que teve como outros consagrantes os dois bispos eméritos da diocese, D. António Montes Moreira e D. António Rafael, o cardeal-patriarca pediu ao novo prelado comunhão “com os irmãos bispos” e amor para com os seus presbíteros.
“Zelo, preocupação contínua, atenção a cada pessoa, discernimento dos caminhos do Reino de Deus em cada circunstância da história” devem transformar-se em “denúncia” e “sentinela”, salientou D. José Policarpo.
Na celebração foi lida a bula de nomeação de Bento XVI, de 18 de julho, em que o “dileto filho José Manuel Garcia Cordeiro, do clero da diocese de Bragança-Miranda”, é eleito bispo para a mesma comunidade eclesial, como sucessor de D. António Montes, que renunciou ao cargo por ter atingido o limite de idade determinado pelo direito canónico.
Rádio Vaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário