Todos os povos foram libertados, por Nosso Senhor Jesus Cristo, das forças que os mantinham cativos. Foi Ele, sim, Ele, quem nos resgatou. Como diz o apóstolo Paulo: «perdoou-nos todas as nossas faltas, anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz. Depois de ter despojado os Poderes e as Autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na cruz obtivera sobre eles» (Col 2, 13-15). Ele libertou os presos acorrentados e quebrou as correntes, como David dissera: «O Senhor salva os oprimidos, o Senhor liberta os prisioneiros, o Senhor dá vista aos cegos». E ainda: «Senhor, quebraste as minhas cadeias, hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor» (Sl 145, 7-8; 115, 16-17).
Sim, ficámos libertos das correntes, nós que fomos reunidos ao chamado do Senhor pelo sacramento do baptismo [...]. Fomos libertados pelo sangue de Cristo e pela invocação do Seu nome [...] Portanto, ó bem-amados, fomos para todo o sempre lavados pela água do baptismo, para todo o sempre estamos libertos, para todo o sempre acolhidos no Seu Reino imortal. Para todo o sempre será «feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado» (Sl 31, 1; Rm 4,7). Mantende com coragem o que haveis recebido, conservai-o para vossa felicidade, não volteis a pecar. De ora em diante, conservai-vos puros e irrepreensíveis para o dia do Senhor.
São Paciano de Barcelona ( ? – c. 390), bispo
Homilia sobre o baptismo, 7
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sem comentários:
Enviar um comentário