Pela humildade, vivemos com Deus e Deus vive connosco numa paz verdadeira; nela se encontra o fundamento vivo de toda a santidade. Podemos compará-la com uma fonte de onde jorram quatro rios de virtudes e de vida eterna (cf Gn 2,10). [...] O primeiro rio que jorra do solo verdadeiramente humilde é a obediência [...]; o ouvido torna-se humildemente atento, a fim de ouvir as palavras de verdade e de vida que provêm da sabedoria de Deus, e as mãos estão sempre prontas a cumprir a Sua muito cara vontade. [...] Cristo, Sabedoria de Deus, fez-Se pobre para nos tornar ricos (2Cor 8,9), tornou-Se servo para nos fazer reinar, e por fim morreu para nos dar a vida. [...] Para que saibamos segui-l'O e servi-l'O, disse-nos: «Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração».
Com efeito, a mansidão é o segundo rio de virtudes que jorra do solo da humildade. «Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra» (Mt 5,5), ou seja a sua alma e o seu corpo, em paz. Porque no homem manso e humilde repousa o Espírito do Senhor; e, quando o nosso espírito é assim elevado e unido ao Espírito de Deus, carregamos o jugo de Cristo, que é suave e doce, e transportamos o Seu fardo leve. [...] Desta doçura íntima jorra um terceiro rio, que consiste em viver com paciência. Pela angústia e pelo sofrimento, o Senhor visita-nos. Se recebermos estes enviados com alegria no coração, então Ele mesmo virá, pois disse através do Seu profeta: «Aquando da angústia estarei ao seu lado, para o salvar e o honrar» (Sl 90,15). [...]
O quarto e último rio de vida humilde é o abandono da vontade própria e de toda a busca pessoal. Este rio tem a sua origem no sofrimento suportado com paciência. O homem humilde [...] renuncia à sua própria vontade e abandona-se espontaneamente nas mãos de Deus. Torna-se assim uma só vontade e uma só liberdade com a vontade divina. [...] E este é o próprio cerne da humildade. [...] A vontade de Deus, que é a própria liberdade, liberta-nos o espírito de temor e torna-nos livres, libertos e despojados de nós mesmos. [...] Deus dá-nos então o Espírito dos eleitos, que nos faz exclamar com o Filho: «Abba, isto é, Pai» (Rm 8,15).
Com efeito, a mansidão é o segundo rio de virtudes que jorra do solo da humildade. «Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra» (Mt 5,5), ou seja a sua alma e o seu corpo, em paz. Porque no homem manso e humilde repousa o Espírito do Senhor; e, quando o nosso espírito é assim elevado e unido ao Espírito de Deus, carregamos o jugo de Cristo, que é suave e doce, e transportamos o Seu fardo leve. [...] Desta doçura íntima jorra um terceiro rio, que consiste em viver com paciência. Pela angústia e pelo sofrimento, o Senhor visita-nos. Se recebermos estes enviados com alegria no coração, então Ele mesmo virá, pois disse através do Seu profeta: «Aquando da angústia estarei ao seu lado, para o salvar e o honrar» (Sl 90,15). [...]
O quarto e último rio de vida humilde é o abandono da vontade própria e de toda a busca pessoal. Este rio tem a sua origem no sofrimento suportado com paciência. O homem humilde [...] renuncia à sua própria vontade e abandona-se espontaneamente nas mãos de Deus. Torna-se assim uma só vontade e uma só liberdade com a vontade divina. [...] E este é o próprio cerne da humildade. [...] A vontade de Deus, que é a própria liberdade, liberta-nos o espírito de temor e torna-nos livres, libertos e despojados de nós mesmos. [...] Deus dá-nos então o Espírito dos eleitos, que nos faz exclamar com o Filho: «Abba, isto é, Pai» (Rm 8,15).
Beato Jan van Ruusbroec (1293-1381), cónego regular
Os Sete Degraus da escada do amor espiritual, cap. 4
Os Sete Degraus da escada do amor espiritual, cap. 4
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sem comentários:
Enviar um comentário