Colóquio Europeu de Paróquias contou com participação de três portugueses
O testemunho da resistência às perseguições religiosas e o diálogo entre igrejas cristãs foram dois dos caminhos apontados no 26.º Colóquio Europeu de Paróquias para aumentar a esperança nas comunidades católicas. Os testemunhos de sofrimento “são significativos” para a Europa Ocidental, que “põe de lado a Igreja, considerando-a desnecessária e ultrapassada”, disse hoje à Agência ECCLESIA o padre João Castelhano, um dos três delegados portugueses presentes no encontro realizado na cidade húngara de Nyíregyháza, 240 km a leste de Budapeste. Os participantes no encontro que decorreu de domingo até hoje refletiram sobre o tema ‘Paróquia, lar de esperança’, tendo escutado testemunhos que relataram “a experiência dos campos de concentração nazis” e o período do “comunismo” na Europa de Leste, ambos no século XX. “As comunidades orientais sentiram sempre a necessidade de Deus no meio das perseguições”, salientou o sacerdote de 78 anos, acrescentando que os “exemplos do Leste podem ajudar os ocidentais a descobrir essa carência”. Os 150 participantes de 16 países presentes no colóquio exploraram também a via do diálogo entre fiéis de diferentes Igrejas cristãs para consolidar a esperança nas suas comunidades. O programa incluiu a intervenção de monges beneditinos belgas que acolhem católicos, ortodoxos e protestantes nas suas liturgias romanas e bizantinas, além do testemunho do ecumenismo na Hungria, onde há uma “colaboração muito próxima” entre as Igrejas católica e greco-católica. As conferências salientaram que “a paróquia só pode ser lugar de esperança na medida em que leve os cristãos a viver a união a Jesus Cristo”, fortaleça a “comunhão entre os fiéis” e se volte para os mais carenciados, adiantou o sacerdote, que promete a apresentação de uma “leitura mais completa do colóquio” na próxima semana. Os testemunhos e conferências do encontro poderão passar ao lado da Igreja portuguesa, dado que os colóquios nacionais de paróquias foram interrompidos em 2010, embora esteja em aberto a possibilidade de os retomar, revelou o padre João Castelhano, da diocese de Coimbra. RM |
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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