Abandonar a via do ódio, fugir das lógicas do mal: este o apelo de Bento XVI, neste domingo, ao meio-dia, em Castelgandolfo, por ocasião da reza do Angelus, referindo-se às “notícias de morte e de violência” dos últimos dias, provenientes nomeadamente da Noruega, onde perderam a vida mais de noventa pessoas, na maioria jovens.
“Sentimos todos profundo sofrimento pelos graves atos terroristas ocorridos sexta-feira passada, na Noruega. Rezemos pelas vítimas, pelos feridos e pelos seus familiares e amigos. A todos quero mais uma vez repetir o premente apelo a abandonar para sempre a via do ódio e a fugir das lógicas do mal."
Na alocução antes das Ave Marias, o Santo Padre comentou a primeira leitura da Missa deste domingo, em que o jovem rei Salomão, perante a responsabilidade que lhe toca, não pede a Deus longa vida, riquezas ou a eliminação dos inimigos. Pede, isso sim, “um coração dócil”, para bem exercer a justiça e distinguir o bem do mal. O que lhe foi concedido, ficando renomado em todo o mundo pela sua sapiência e pela retidão dos seus julgamentos.
Interrogando-se sobre o significado da expressão “coração dócil”, Bento XVI recordou que na Bíblia o coração é “o centro da pessoa, a sede das suas intenções e dos seus juízos”.
“Poderíamos dizer: a consciência. Coração dócil significa então uma consciência que sabe escutar, que é sensível à voz da verdade, e por isso é capaz de discernir o bem do mal”:
Salomão fez este pedido a Deus porque lhe pesava a responsabilidade de estar chamado a guiar uma nação, Israel, o povo que Deus escolheu para manifestar ao mundo o seu plano de salvação. O rei de Israel precisa, portanto, de estar sempre em sintonia com Deus, à escuta da sua Palavra, para conduzir o povo pelos caminhos da justiça e da paz.
O exemplo de Salomão – considerou o Papa – vale de algum modo para cada um de nós. Temos a grande dignidade humana de agir segundo a reta consciência, realizando o bem e evitando o mal. A consciência moral pressupõe a capacidade de escutar a voz da verdade e ser dócil às suas indicações.
“As pessoas chamadas a tarefas de governo têm naturalmente uma responsabilidade ulterior, e portanto – como ensina Salomão – têm ainda mais necessidade da ajuda de Deus. Mas cada um está chamado a realizar a parte que lhe toca, na situação concreta em que se encontra…
A verdadeira qualidade da nossa vida e da vida social depende da reta consciência de cada um, da capacidade de cada um e de todos de reconhecerem o bem, separando-o do mal e procurando-o, pacientemente, concretizá-lo”.
O Papa concluiu convidando a invocar, neste sentido, a Virgem Maria, Sede da Sabedoria, ela cujo “coração” é perfeitamente “dócil” à vontade do Senhor.
Depois da recitação do Angelus, para além do já referido apelo, a propósito dos atos terroristas de Oslo, Bento XVI enviou uma saudação aos fiéis que naquele momento, em Les Combes, nos Alpes italianos, participavam na Missa celebrada pelo cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, não obstante o luto que o afetou (pelo falecimento, sexta-feira, do irmão Paolo). O Papa recordou “com particular afeto o tempo passado naquele local encantador, plasmado pelo amor de Deus Criador e santificado pela presença do Bem-aventurado João Paulo II”.
Por dez vezes João Paulo II passou férias nesta localidade de Les Combes, em Vale d’Aosta, entre 1989 e 2004. Bento XVI viveu ali três períodos estivos, em 2005, 2006 e 2009.
“Sentimos todos profundo sofrimento pelos graves atos terroristas ocorridos sexta-feira passada, na Noruega. Rezemos pelas vítimas, pelos feridos e pelos seus familiares e amigos. A todos quero mais uma vez repetir o premente apelo a abandonar para sempre a via do ódio e a fugir das lógicas do mal."
Na alocução antes das Ave Marias, o Santo Padre comentou a primeira leitura da Missa deste domingo, em que o jovem rei Salomão, perante a responsabilidade que lhe toca, não pede a Deus longa vida, riquezas ou a eliminação dos inimigos. Pede, isso sim, “um coração dócil”, para bem exercer a justiça e distinguir o bem do mal. O que lhe foi concedido, ficando renomado em todo o mundo pela sua sapiência e pela retidão dos seus julgamentos.
Interrogando-se sobre o significado da expressão “coração dócil”, Bento XVI recordou que na Bíblia o coração é “o centro da pessoa, a sede das suas intenções e dos seus juízos”.
“Poderíamos dizer: a consciência. Coração dócil significa então uma consciência que sabe escutar, que é sensível à voz da verdade, e por isso é capaz de discernir o bem do mal”:
Salomão fez este pedido a Deus porque lhe pesava a responsabilidade de estar chamado a guiar uma nação, Israel, o povo que Deus escolheu para manifestar ao mundo o seu plano de salvação. O rei de Israel precisa, portanto, de estar sempre em sintonia com Deus, à escuta da sua Palavra, para conduzir o povo pelos caminhos da justiça e da paz.
O exemplo de Salomão – considerou o Papa – vale de algum modo para cada um de nós. Temos a grande dignidade humana de agir segundo a reta consciência, realizando o bem e evitando o mal. A consciência moral pressupõe a capacidade de escutar a voz da verdade e ser dócil às suas indicações.
“As pessoas chamadas a tarefas de governo têm naturalmente uma responsabilidade ulterior, e portanto – como ensina Salomão – têm ainda mais necessidade da ajuda de Deus. Mas cada um está chamado a realizar a parte que lhe toca, na situação concreta em que se encontra…
A verdadeira qualidade da nossa vida e da vida social depende da reta consciência de cada um, da capacidade de cada um e de todos de reconhecerem o bem, separando-o do mal e procurando-o, pacientemente, concretizá-lo”.
O Papa concluiu convidando a invocar, neste sentido, a Virgem Maria, Sede da Sabedoria, ela cujo “coração” é perfeitamente “dócil” à vontade do Senhor.
Depois da recitação do Angelus, para além do já referido apelo, a propósito dos atos terroristas de Oslo, Bento XVI enviou uma saudação aos fiéis que naquele momento, em Les Combes, nos Alpes italianos, participavam na Missa celebrada pelo cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, não obstante o luto que o afetou (pelo falecimento, sexta-feira, do irmão Paolo). O Papa recordou “com particular afeto o tempo passado naquele local encantador, plasmado pelo amor de Deus Criador e santificado pela presença do Bem-aventurado João Paulo II”.
Por dez vezes João Paulo II passou férias nesta localidade de Les Combes, em Vale d’Aosta, entre 1989 e 2004. Bento XVI viveu ali três períodos estivos, em 2005, 2006 e 2009.
A casa que ali acolheu estes dois pontífices beneficiou recentemente de obras de ampliação, que a tornam ainda mais funcional, como assegurou o cardeal Bertone, que neste domingo procedeu à bênção daquela mansão, intitulada “Foyer (Lar) João Paulo II”.
Rádio Vaticano
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