Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

"Ao leme da barca de Pedro, no meio do temporal" - Sandro Magister (agradecimento 'É o Carteiro')

Para ler o artigo completo de Sandro Magister traduzido aceda AQUI ou o original em italiano AQUI


EXCERTO
Roma, 12 de junho de 2012 – É grande a desordem debaixo do céu, numa cúria vaticana dilacerada por conflitos.
O conflito mais explosivo combate-se nestes dias no campo das finanças. Combatido sem caridade nem verdade, apesar do nome da encíclica de Bento XVI, a "Caritas in Veritate".
(...)    [ Omitida a descrição da "guerra" no "banco" do Vaticano ]
Naturalmente, o campo financeiro não é o único terreno em que Bento XVI interveio com actos de governo nos seus anos de pontificado.
Noutros e não menos importantes terrenos este Papa tomou decisões fortes, de carácter normativo, mesmo tendo consciência de criar dessa maneira
resistências e divisões.
Uma indicação sumária:
– Em 2007 Bento XVI, com o motu proprio "Summorum pontificum", liberalizou o uso do missal romano do rito antigo
– Em 2009 revogou a excomunhão aos quatro bispos consagrados ilicitamente pelo arcebispo D. Marcel Lefebvre e com o motu proprio "Ecclesiae unitatem" abriu o percurso para o regresso dos lefebvriani à plena comunhão com a Igreja. 
– Ainda em 2009, com a constituição apostólica "Anglicanorum coetibus", estabeleceu as regras para a passagem para a Igreja Católica de inteiras comunidades anglicanas com os seus bispos, sacerdotes e fiéis. 
– Em 2010 promulgou novas regras, muito severas, quanto aos "delicta graviora" e em particular sobre os abusos sexuais sobre menores
– Ainda em 2010 promulgou o motu proprio para a transparência financeira
– Em 2011, com a instrução "Universae ecclesiae" promulgou novas normas para a integração das já existentes sobre a missa  em rito antigo. 
Pois bem, nem um só destes actos de governo de Bento XVI deixou de suscitar controvérsias, contraposições, conflitos. 
Mas atenção, Bento XVI nunca pensou compor estas divisões  à custa de processos disciplinares, ou com nomeações ou destituições espectaculares. 
A sua arte de governo é sempre a de acompanhar as decisões normativas – como os motu proprio citados – com uma acção de persuasão sobre as razões profundas dessas decisões. 
Assim, por exemplo, as suas iniciativas para dar termo ao cisma com os lefebvrianos foram precedidas e explicadas com o memorável discurso à cúria do dia 22 de dezembro de 2005, sobre a interpretação do Concílio Vaticano II como "renovação na continuidade do único sujeito-Igreja". 
A sua liberalização do rito antigo da missa está sendo acompanhada por uma incessante ilustração das riquezas de ambos os ritos, o antigo e o moderno, encorajando a uma recíproca vitalização, como já acontece, debaixo do olhar de todos, nas liturgias que
ele celebra. 
A sua decisão de instituir as comunidades anglicanas entradas na Igreja católica como ordinariatos com hierarquia e rito próprio vai acompanhada por uma redefinição "sinfónica" do caminho ecuménico com as comunidades cristãs separadas de Roma. 
A sua corajosa acção de guia no confronto do escândalo dos abusos sexuais vai acompanhada por um esforço incansável de regeneração intelectual e moral do clero,
culminado pela indicação de um ano sacerdotal, com a reafirmação claríssima da lei do celibato. Além disso, Bento XVI pôs em estado de penitência inteiras Igrejas nacionais, como a irlandesa.
 
Por último, as suas decisões a favor de uma transparência máxima das actividades financeiras da Santa Sé são inseparáveis da leitura teológica deste campo do agir humano que ele fez na encíclica "Caritas in veritate".

Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.
É a mansa firmeza de governo deste Papa.

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