Alejandro Bermúdez Rosell |
No seu podcast em espanhol chamado “Punto de vista” de 23 de maio, Bermúdez criticou que nas suas conferências e livros, alguns deles traduzidos também ao português, Grün tenha reduzido as Sagradas Escrituras a "um manual de terapia psicológica".
"O Pe. Grün, em vez de oferecer uma alternativa à auto-ajuda New Age incorpora-se nela", indicou.
Bermúdez explicou que o problema não são as boas intenções ou a pessoa mesma de Anselm Grün, mas sim o monge que, através de seu ensino, está "empurrando a todos seus leitores por um caminho que apresentado como se fosse doutrina da Igreja quando faz completamente o contrário".
O diretor do grupo ACI assinalou que, em sua interpretação de diversas passagens bíblicas do Antigo e do Novo Testamento, o monge beneditino retira "todo sentido sobrenatural e religioso, pretendendo que estas sejam simplesmente metáforas psicológicas".
O sacerdote jesuíta Gabino Tabossi também criticou a aproximação de Grün a diversas heresias e a teorias psicológicas contrárias ao ensino da Igreja.
Como exemplo, o Pe. Tabossi “assinalou que, numa das suas obras, Grün considera a relação entre o Abraão e Isaac como "despótica e a que tem com Deus neurótica e fictícia".
"Tal interpretação, além de psicologista, é pouco ecuménica: que não saibam nossos irmãos maiores que um católico tratou como doente e desequilibrado ao progenitor do judaísmo!".
O Pe. Tabossi denunciou que o monge beneditino, nos seus textos, "relativiza o catolicismo quando augura que a fidelidade à própria consciência, acima de qualquer religião, é caminho seguro para a salvação".
O jesuíta também destacou que enquanto a Igreja ensina que Jesus sempre foi Deus, "a teologia do Grün ensina ao parecer que Jesus foi se fazendo Deus sobre tudo a partir da iluminação que recebeu no dia de seu batismo".
De acordo ao Pe. Tabossi, a ética do Pe. Grün ensina que "para salvar-se e ser feliz é preciso pecar, ou ao menos, fugir do desejo de erradicação daquilo que nossos preconceitos culturais consideram como condutas ‘anormais’".
"O nosso autor acredita que o pecado original foi uma coisa necessária e louvável assim, depois dele, os primeiros pais puderam ‘conhecer o bem e o mal’, ganhar em consciência, aumentar a própria ciência moral".
Por sua parte, o Arcebispo de La Plata, na Argentina, D. Héctor Aguer, qualificou de "muito pernicioso" o ensinamento de Anselm Grün, por ser um eco da cultura New Age.
D. Aguer indicou que toda a espiritualidade difundida por Grün está apoiada nas teorias da psicanálise de Carl Jung, abundantes em gnosticismo.
Para o Prelado argentino, o trabalho do monge beneditino "uma espécie de transcrição pseudoespiritual da simbologia de Jung. Isto vai acabar mal".
(Fonte:
‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
1 comentário:
Impressionante como depois de 2000 anos ainda conseguem voltar e até inovar, embora certamente inovem pouco, as antigas heresias... Que o Espírito Santo nos ilumine para sabermos lidar com essas e outras, evitando0 maiores males às almas de Deus
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