Faltam só duas semanas para a Páscoa, e as leituras bíblicas deste domingo falam todas de ressurreição. Não ainda da ressurreição de Jesus, que irromperá como uma novidade absoluta, mas da nossa ressurreição, a que todos nós aspiramos e que o próprio Cristo nos doou, ressuscitando dos mortos. Observações iniciais de Bento XVI, neste domingo ao meio-dia, antes da recitação do Angelus, na Praça de São Pedro.
“A morte representa para nós como que um muro que nos impede de ver mais além. E contudo o nosso coração estende-se para lá deste muro, e embora não possamos conhecer o que ele esconde, ainda assim nós o pensamos, o imaginamos, exprimindo com símbolos o nosso desejo de eternidade”.
Recordando a primeira leitura, em que o profeta Ezequiel anuncia ao povo judaico exilado longe da terra de Israel que Deus vai abrir os sepulcros dos deportados para os fazer regressar à sua terra, para aí repousarem em paz. É a aspiração a uma “pátria” que acolha o homem no final das fadigas terrenas. Esta concepção – fez notar o Papa – não contém ainda a ideia de uma ressurreição pessoal da morte, que comparece só nos finais do Antigo Testamento. Ainda no tempo de Jesus, não era ainda acolhida por todos os Judeus…
“Aliás, mesmo entre os cristãos, a fé na ressurreição e na vida eterna é tantas vezes acompanhada de muitas dúvidas e confusões, porque se trata em todo o caso de uma realidade que vai para além dos limites da razão e requer um acto de fé”.
No Evangelho deste domingo - observou Bento XVI – escutamos a voz da fé pela boca de Marta, a irmã de Lázaro: “Sei que ressurgirá na ressurreição do último dia”. Ao que Jesus replica “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo se morrer, viverá”.
“É esta a verdadeira novidade, que irrompe e supera todas as barreiras! Cristo abate o muro da morte, n’Ele habita toda a plenitude de Deus, que é vida, vida eterna. Por isso a morte não teve poder sobre Ele. E a ressurreição de Lázaro é sinal do seu pleno domínio sobre a morte física…
Mas há uma outra morte, que custou a Cristo a luta mais dura – o próprio preço da cruz: a morte espiritual, o pecado, que ameaça arruinar a existência de qualquer homem. Cristo morreu para vencer esta morte, e a sua ressurreição não é o regresso a uma vida precedente, mas a abertura a nova realidade, uma ‘nova terra’, finalmente ligada ao Céu de Deus”.
Na saudação dirigida aos fiéis polacos, na respectiva língua, o Santo Padre recordou o aniversário da catástrofe aérea ocorrida nos arredores de Smolensk, na qual perderam a vida o presidente polaco e outras personalidades que se dirigiam a Katyn, para comemorar um dramático episódio da II Guerra Mundial. Bento XVI assegurou associar-se aos polacos na oração especial que neste dia se eleva de toda a nação.
“Cristo, nossa vida e ressurreição, os acolha na sua glória e vos conforte nesta dolorosa experiência. De todo o coração, abençoo a vossa pátria e todos os polacos!”
“A morte representa para nós como que um muro que nos impede de ver mais além. E contudo o nosso coração estende-se para lá deste muro, e embora não possamos conhecer o que ele esconde, ainda assim nós o pensamos, o imaginamos, exprimindo com símbolos o nosso desejo de eternidade”.
Recordando a primeira leitura, em que o profeta Ezequiel anuncia ao povo judaico exilado longe da terra de Israel que Deus vai abrir os sepulcros dos deportados para os fazer regressar à sua terra, para aí repousarem em paz. É a aspiração a uma “pátria” que acolha o homem no final das fadigas terrenas. Esta concepção – fez notar o Papa – não contém ainda a ideia de uma ressurreição pessoal da morte, que comparece só nos finais do Antigo Testamento. Ainda no tempo de Jesus, não era ainda acolhida por todos os Judeus…
“Aliás, mesmo entre os cristãos, a fé na ressurreição e na vida eterna é tantas vezes acompanhada de muitas dúvidas e confusões, porque se trata em todo o caso de uma realidade que vai para além dos limites da razão e requer um acto de fé”.
No Evangelho deste domingo - observou Bento XVI – escutamos a voz da fé pela boca de Marta, a irmã de Lázaro: “Sei que ressurgirá na ressurreição do último dia”. Ao que Jesus replica “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo se morrer, viverá”.
“É esta a verdadeira novidade, que irrompe e supera todas as barreiras! Cristo abate o muro da morte, n’Ele habita toda a plenitude de Deus, que é vida, vida eterna. Por isso a morte não teve poder sobre Ele. E a ressurreição de Lázaro é sinal do seu pleno domínio sobre a morte física…
Mas há uma outra morte, que custou a Cristo a luta mais dura – o próprio preço da cruz: a morte espiritual, o pecado, que ameaça arruinar a existência de qualquer homem. Cristo morreu para vencer esta morte, e a sua ressurreição não é o regresso a uma vida precedente, mas a abertura a nova realidade, uma ‘nova terra’, finalmente ligada ao Céu de Deus”.
Na saudação dirigida aos fiéis polacos, na respectiva língua, o Santo Padre recordou o aniversário da catástrofe aérea ocorrida nos arredores de Smolensk, na qual perderam a vida o presidente polaco e outras personalidades que se dirigiam a Katyn, para comemorar um dramático episódio da II Guerra Mundial. Bento XVI assegurou associar-se aos polacos na oração especial que neste dia se eleva de toda a nação.
“Cristo, nossa vida e ressurreição, os acolha na sua glória e vos conforte nesta dolorosa experiência. De todo o coração, abençoo a vossa pátria e todos os polacos!”
(Fonte: site Rádio Vaticano)
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