As celebrações do início da Quaresma por parte de Bento XVI prosseguiram esta tarde em Roma com uma procissão penitencial pelas ruas do bairro do Aventino que terminou na basílica de Santa Sabina, onde teve lugar a celebração da Santa Missa e a imposição das Cinzas.
Na homilia o Papa, comentando os trechos da Liturgia da Palavra indicou a período quaresmal como um caminho onde se pode experimentar de maneira eficaz o amor misericordioso de Deus. Hoje - disse Bento XVI – ressoa para nós o apelo “Voltai para mim de todo o coração”; hoje somos nós a sermos chamados a converter o nosso coração a Deus, conscientes sempre de não poder realizar a nossa conversão sozinhos, unicamente com as nossas forças, porque é Deus que nos converte. Ele oferece-nos ainda o seu perdão convidando-nos a voltar para Ele para os dar u m coração novo, purificado do mal que o oprime, para participarmos da sua alegria. O nosso mundo – salientou depois o Papa – precisa de ser convertido por Deus, precisa do seu perdão, do seu amor, precisa de um coração novo. O Santo Padre citou depois uma passagem do Catecismo da Igreja Católica lá onde se afirma que “o apelo de Cristo à conversão continua a fazer-se ouvir na vida dos cristãos. …….é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que «contém pecadores no seu seio» e que é, «ao mesmo tempo, santa e necessitada de purificação, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e de renovação» . Este esforço de conversão não é somente obra humana. É o movimento do «coração contrito» atraído e movido pela graça, para responder ao amor misericordioso de Deus, que nos amou primeiro.
Prosseguindo a sua homilia, Bento XVI salientou que com o nosso testemunho evangélico, nós cristãos devemos ser uma mensagem viva, ou melhor ainda , em muitos casos somos o único Evangelho que os homens de hoje ainda lêem . Eis a nossa responsabilidade…..eis um motivo a mais para viver bem a Quaresma: oferecer o testemunho da fé vivida num mundo em dificuldade que precisa de voltar para Deus, que precisa de conversão.
O itinerário quaresmal – disse o Papa a concluir – é um tempo propicio que nos é dado para nos dedicarmos com maior empenho á nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitencia, abrindo o coração ao acolhimento dócil da vontade divina, para uma pratica mais generosa da mortificação, graças á qual ir mais amplamente em ajuda do próximo necessitado: um itinerário que nos prepara a reviver o Mistério Pascal.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
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