Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Livro-entrevista a Bento XVI chega a Portugal

«Luz do Mundo» apresenta o Papa pelas suas próprias palavras. Primeira tiragem esgotada

O novo livro “Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”, que resulta de uma entrevista de Bento XVI ao jornalista alemão Peter Seewald, chegou às livrarias portuguesas esta terça-feira, 30 de Novembro.

A obra é apresentada como uma oportunidade para conhecer Bento XVI pelas suas próprias palavras e está a suscitar grande curiosidade. A tiragem da primeira edição foi de 10 mil exemplares, “substancialmente mais do que o inicialmente previsto”, indica Henrique Mota, editor da Lucerna, marca da Principia, responsável pela versão portuguesa.

Neste momento, está já em marcha uma segunda tiragem, de mais 10 mil exemplares, e o livro será apresentado em Portugal a 16 de Dezembro, por Marcelo Rebelo de Sousa e pelo seu autor, Peter Seewald.

A obra que retrata Bento XVI merece um olhar especial por parte do semanário Agência ECCLESIA. Além da apresentação de excertos da obra, dois especialistas apresentam a sua opinião sobre as palavras do Papa: D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro, fala num “passo renovador”, fora dos canais tradicionais; Jorge Teixeira da Cunha, teólogo, explica “o que é novo” nas palavras de Bento XVI sobre temas de Moral.
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Para D. António Marcelino, “Bento XVI foi sempre um pensador e um teólogo inconformado, incapaz de dormir descansado quando outros sofrem, mormente quando pensa que, pelas suas acções ou omissões, ele pode estar, de algum modo, na causa desse sofrimento”.

O bispo emérito de Aveiro considera que o Papa “deu, publicamente, um passo renovador ao falar de problemas, concretos e actuais, fora dos canais tradicionais. Deu, deste modo, esperança a muitos que, na Igreja, por amor à Missão e fiéis ao essencial, sentem que, antes da última palavra, é importante que outras se digam e se escutem”.

Jorge Teixeira da Cunha assinala, por seu lado, a importância das afirmações do Papa sobre o uso do preservativo, a “humanização” da pessoa e da sua sexualidade.

Num excerto da obra, o Papa afirma que pode haver casos pontuais em que admite o caso do preservativo, mas sublinha que esta "não é a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV".

“Bento XVI não faz um gesto a pender perigosamente para o lado dos direitos do sujeito, mas faz um gesto de pastor, como é esperado de um Papa, a consolar os errantes e a chamá-los ao bom caminho da conversão”, indica Teixeira da Cunha, Director-Adjunto do núcleo do Porto da Faculdade de Teologia da UCP.

Peter Seewald assegura que Bento XVI não fugiu a nenhuma das 90 perguntas nem “modificou as palavras pronunciadas”, propondo apenas “pequenas correcções” na transcrição final. Seis horas de entrevista dão origem a uma obra inédita, que procura “modificar a imagem do Panzerkardinal” e, mais do que mostrar Joseph Ratzinger numa versão light, permite, como diz Seewald, conhecer a “versão original”.

O jornalista alemão afirma que, neste primeiro trabalho depois da eleição papal, encontrou “um homem igualmente brilhante e dotado de uma extraordinária força intelectual, mas, sobretudo, espiritual, muito próximo de Deus”.

A conversa entre Bento XVI e Peter Seewald - que já por duas vezes tinha entrevistado Joseph Ratzinger, ainda cardeal – decorreu na residência pontifícia de Castelgandolfo, perto de Roma, entre os dias 26 e 31 de Julho.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

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