Nas nossas sociedades, a festa cristã do Natal foi-se transformando numa euforia consumista e pagã.
É paradoxal, pois não tem sentido celebrar com vontade de possuir cada vez mais coisas o humilde nascimento de Jesus. Decerto que também se faz sentir o desejo de presentear os outros, mas nem sempre da maneira mais sensata. Por exemplo, encher crianças de presentes não será a melhor pedagogia.
A crise dá oportunidade para, em alguma medida, se repor o autêntico espírito do Natal. Decerto que numa sociedade pluralista como a nossa, onde a prática religiosa cristã é minoritária, não podemos esperar que todos dêem ao Natal o significado que o catolicismo lhe atribui: a encarnação de Deus na humanidade do seu Filho. Mas devemos esperar que a fúria consumista seja substituída por uma atenção redobrada aos que estão a passar mais dificuldades.
Felizmente, têm-se registado manifestações de generosa solidariedade dos Portugueses. Mas as instituições de apoio social dizem-nos que não é suficiente. Ora a doação aos outros é um sinal de Deus. Nos crentes e nos descrentes.
Francisco Sarsfield Cabral
(Fonte: site Rádio Renascença)
1 comentário:
Está na hora de mudar as mentalidades.
Está na hora de deixar de olhar para o nosso umbigo e olhar mais à nossa volta.
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