A decisão partiu do presidente paquistanês, que restituiu a liberdade a Asia Bibi
O presidente paquistanês decidiu perdoar Asia Bibi, retirando-lhe a pena de morte e restituindo-lhe a liberdade. De acordo com a organização “International Christian Concern” (ICC), a decisão de Asif Ali Zardari foi conhecida hoje, dia 22 de Novembro, e anula a sentença de um tribunal da província de Punjab, proferida há duas semanas atrás.
Recorde-se que a mulher cristã, de 45 anos, tinha sido condenada a 8 de Novembro, por alegadamente ter blasfemado contra o profeta Maomé, , num caso que remonta a Junho do ano passado. Segundo a lei paquistanesa “anti-blasfémia”, um acto deste tipo constitui um crime que deve ser punido com a morte.
O volte-face que agora se regista vem no seguimento de uma forte intervenção por parte da comunidade internacional. Autoridades políticas e religiosas vinham denunciando uma perseguição religiosa, praticada contra o cristianismo e outras minorias religiosas, num país maioritariamente muçulmano.
Bento XVI, na audiência geral de dia 17, tinha já deixado um apelo ao governo paquistanês, pedindo a restituição da plena liberdade a Asia Bibi e rezando “pelos que se encontram em situações análogas, para que a sua dignidade humana e direitos fundamentais sejam plenamente respeitados”.
A mulher, mãe de cinco filhos, encontra-se agora em parte incerta, para sua própria segurança. No passado, já se registaram diversos casos de pessoas assassinadas, no Paquistão, depois de terem sido acusadas de blasfémia.
Segundo a “International Christian Concern”, alguns fundamentalistas islâmicos do Paquistão estão já a preparar acções de protesto, contra a decisão do governo.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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